Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Felipe Sena
Publicado em 7 de agosto de 2025 às 17:10
O grupo Meta excluiu o Instagram e o Facebook do historiador Jones Manoel na noite desta quarta-feira (6), em um momento em que suas redes sociais estavam crescendo em engajamento e número de seguidores. >
Jones Manoel
Jones denunciou o caso através do X, antigo Twitter. “Foi a Meta que derrubou mesmo. Já falei com camaradas do jurídico e vamos tomar as providências necessárias para tentar recuperar as contas”, disse.>
Formado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Jones é criador do canal no YouTube “Faro Brasil”, que acumula mais de 4 milhões de visualizações. Além de doutorando em serviço social e militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). >
O professor chegou a participar das eleições de outubro de 2022 para governador do estado de Pernambuco, onde nasceu e recebeu 33.931 votos. O doutorando também é escritor da coleção de livros antirracistas.>
As contas de Jones foram derrubadas semanas após ter participado de um debate contra 20 conservadores em seu Instagram. A rede social foi de 700 mil para 1 milhão de inscritos. Nesta quinta-feira (6), o político participaria do podcast “FlowPodcast”. Ele também faria um debate contra Fernando Holiday. No último mês o político foi ao podcast “Mano a Mano”. Na ocasião, o rapper Mano Brown disse que votaria em Jones para presidente e que faria campanha para o intelectual.>
Vários parlamentares e artistas saíram em defesa de Jones. A deputada federal Talíria Petrone (PSOL/RJ) publicou no X que o caso é um ato de censura à esquerda. “Jones Manoel teve sua conta com mais de 1 milhão de seguidores e 100 milhões de visualizações apagada pelo Instagram. É assim que as plataformas tratam vozes da esquerda: censura disfarçada de moderação”, escreveu>
“Toda solidariedade a Jones Manoel. Essa desativação de suas redes por parte da Meta se trata de uma perseguição política evidente a partir do crescimento exponencial de sua influência digital. É um ataque às liberdades democráticas que não podemos aceitar. Reativação já!”, afirmou o deputado federal Glauber Braga (PSOL/RJ).>