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Fernanda Varela
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 11:15
Um menino de 11 anos da Dwight Rich School of the Arts, em Lansing, Michigan, nos Estados Unidos, foi expulso após desarmar um colega que levava um revólver para a sala de aula. O estudante desmontou a arma e descartou as balas, mas acabou punido por porte de arma em ambiente escolar. A decisão, tomada em maio deste ano, gerou repercussão nacional e críticas sobre a rigidez das leis e os impactos desproporcionais contra crianças negras.>
Garoto de 11 anos foi expulso por tentar impedir atentado
O episódio foi noticiado por veículos locais e ganhou destaque na imprensa nacional. Segundo relatos da família, o garoto, identificado como Sakir, percebeu que um colega escondia uma arma e conseguiu retirá-la, desmontar o revólver e jogar fora as balas antes de comunicar o ocorrido a um adulto. Para a mãe, Savitra McClurkin, o filho agiu com coragem para evitar uma tragédia.>
Mesmo assim, após análise de imagens e audiência disciplinar, o distrito escolar confirmou a expulsão, alegando que a lei estadual exige medidas automáticas em casos de porte de arma em propriedade escolar. Em nota, representantes afirmaram que a segurança de alunos e funcionários é prioridade e que a punição segue o previsto em lei.>
Desde então, Sakir foi incluído em um programa online sem credenciamento, enquanto a mãe tenta reverter a decisão. A família lançou uma campanha de arrecadação para cobrir custos legais e educacionais, recebendo apoio de grupos que denunciam a seletividade das punições contra crianças negras. O caso já mobiliza pais, ativistas e especialistas, que apontam falhas no acolhimento pedagógico e defendem uma revisão das normas disciplinares.>
Juristas ouvidos pela imprensa lembram que regras rígidas podem produzir distorções quando aplicadas sem considerar o contexto. Para eles, decisões que deveriam valorizar a intenção e o risco real acabam prejudicando o desenvolvimento dos alunos, reforçando desigualdades. A história segue em debate, e a família pressiona pela reintegração do menino à rede de ensino.>