Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Milagre do emagrecimento? Estudo revela o que acontece com quem para de usar canetas para emagrecer

Pesquisa de Oxford mostra que, apesar da perda rápida de peso, pacientes voltam a engordar em menos de um ano

  • Foto do(a) author(a) Heider Sacramento
  • Heider Sacramento

Publicado em 15 de maio de 2025 às 16:37

Ozempic
Ozempic Crédito: Divulgação

As famosas canetas emagrecedoras, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, vêm ganhando cada vez mais espaço entre quem busca emagrecer de forma rápida. Mas um novo estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostra que o efeito pode ser temporário, e que muitas pessoas acabam voltando ao peso antigo em pouco tempo.

A pesquisa, apresentada no Congresso Europeu sobre Obesidade, analisou os resultados de 11 estudos com mais de 6.300 adultos que usaram medicamentos para emagrecer da classe GLP-1. Os dados mostraram que os pacientes perdem, em média, 8 kg durante o tratamento, mas recuperam quase tudo em apenas 10 meses após parar com as injeções.

Quem usou medicamentos mais potentes, como Wegovy (semaglutida) ou Mounjaro (tirzepatida), chegou a eliminar até 16 kg. Mas o alívio durou pouco: em um ano sem o remédio, cerca de 9,6 kg voltaram. Ou seja, em menos de dois anos, a tendência é de recuperar tudo.

“Esses medicamentos são muito eficazes para ajudar você a perder peso, mas quando você os interrompe, o ganho de peso é muito mais rápido do que [após interromper] as dietas”, explicou a professora Susan Jebb, uma das autoras do estudo e especialista da Universidade de Oxford.

Ela também destacou que quem emagrece com remédio muitas vezes não desenvolve estratégias para manter o peso depois. “Quando os medicamentos são retirados, você não tem esse tipo de estratégia comportamental em vigor que ajude a manter o peso”, completou.

Outro ponto que chama atenção é o impacto disso nos sistemas de saúde, como o NHS, do Reino Unido. Hoje, as diretrizes recomendam que essas injeções sejam usadas por no máximo dois anos. Com o risco de o peso voltar tão rápido, especialistas se perguntam se o investimento vale a pena.

“Valerá a pena o NHS investir nesses medicamentos se eles só forem disponibilizados por um curto período e depois acumularem todo o peso de volta, ou o NHS terá que aceitar que essas serão terapias de longo prazo?”, questionou Jebb.

Além disso, muitos pacientes abandonam o tratamento antes do tempo. Isso pode acontecer por conta dos efeitos colaterais, do alto custo (especialmente em compras particulares) ou por frustração quando o peso para de cair.

A pesquisa também comparou os resultados com dietas tradicionais. Quem emagrece apenas com reeducação alimentar também costuma ganhar peso novamente, mas esse processo é mais lento, pode levar até cinco anos.