Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Agência Correio
Publicado em 7 de setembro de 2025 às 07:30
No Rio Grande do Norte, um homem carrega o nome mais longo do Brasil. Charlingtonglaevionbeecheknavare dos Anjos Mendonça soma 32 letras no primeiro registro e já enfrentou situações curiosas por conta dessa herança. >
Conhecido como “Chacha”, o potiguar revelou em entrevista à Record TV que até ele mesmo tem dificuldade em soletrar todas as letras sem errar. Para amigos e vizinhos, o apelido foi a saída para facilitar a convivência.>
Filhos de famosos ganham nomes inusitados
Quando se apresenta em entrevistas de emprego, Chacha desperta sorrisos nos recrutadores. Em sua cidade, a fama pelo registro curioso já é tão grande que todos sabem quem é o encanador.>
Apesar da repercussão, nem o próprio Chacha sabe explicar de onde surgiu a inspiração. A escolha foi do pai, que nunca contou o motivo. O potiguar acredita que o registro possa ter sido inspirado em nomes de personalidades como Che Guevara e Juscelino Kubitschek.>
Hoje casado e pai de duas meninas, Chacha garante que nunca sofreu bullying na infância, apesar do nome incomum. Ele afirma que a maior preocupação da vida não é a pronúncia, mas a dificuldade em encontrar emprego fixo na área de encanamento.>
O apelido ajudou a transformar o que poderia ser motivo de vergonha em uma curiosidade simpática. Em Macau, ele já virou “celebridade local” por conta da identidade quase impronunciável.>
A vida com um nome extenso, porém, nem sempre é leve. O encanador industrial lembra que precisou viajar até Recife para resolver um problema na Receita Federal. O sistema não aceitava tantos caracteres e foi necessário adaptar os cadastros.>
Muitos cartões de documento simplesmente não comportam as 32 letras do primeiro nome, obrigando-o a usar versões abreviadas.>
No Brasil, não existe lista oficial de nomes proibidos. O artigo 55 da Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/73) apenas impede registros que possam expor a criança ao ridículo ou causar constrangimento.>
Quando há impasse, a Justiça é quem dá a palavra final. Nomes ofensivos ou com palavrões são barrados, mas casos apenas diferentes, como o de Chacha, costumam ser aceitos sem maiores questionamentos.>
Segundo a Associação dos Notários e Registradores do Brasil, dezenas de nomes inusitados já foram registrados no país. Entre eles estão “Aeronauta Barata”, “Maria-você-me-mata”, “Rocambole Simionato” e “Remédio Amargo”.>
Esses casos mostram que, apesar de a lei impor restrições, a criatividade dos pais ainda surpreende em cartórios de norte a sul do Brasil.>