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Agência Correio
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 06:00
Uma nova alternativa ao leite tradicional vem chamando atenção nos Estados Unidos: o leite ultrafiltrado. Diferente das opções vegetais que dominam o mercado, essa versão ainda é feita a partir do laticínio comum, mas passa por um processo de filtragem que altera sua composição nutricional e o torna mais atrativo para quem busca mais proteína e menos lactose. >
Leite
O leite ultrafiltrado é resultado de um processo de filtragem pressurizada que remove parte da água, minerais, lactose e algumas vitaminas hidrossolúveis. Como explicou Dennis D'Amico, professor da Universidade de Connecticut, as vitaminas lipossolúveis, como A e E, permanecem concentradas no produto. >
Isso faz com que a bebida tenha mais proteínas e cálcio por xícara em comparação ao leite tradicional. Dependendo da marca, pode chegar a quase o dobro de proteínas e também ter menos açúcar, já que a lactose é praticamente eliminada.>
Entre os principais públicos do leite ultrafiltrado estão pessoas com intolerância à lactose, atletas e até mesmo quem convive com diabetes. Para praticantes de atividades físicas, a alta concentração de proteína ajuda na recuperação muscular. Já para intolerantes à lactose, ele permite consumir leite sem os desconfortos gastrointestinais. >
Vale lembrar, no entanto, que o produto não é indicado para pessoas alérgicas a proteínas do leite, já que elas continuam presentes.>
O sabor do leite ultrafiltrado é ligeiramente mais doce e a textura pode parecer mais encorpada. Nas receitas, no entanto, dificilmente há diferença perceptível. Outro ponto é a durabilidade: enquanto o leite comum dura cerca de sete dias após aberto, o ultrafiltrado pode chegar a 14 dias, graças ao processo de ultrapasteurização. >
Por ser um produto de nicho e exigir mais recursos em sua produção, o leite ultrafiltrado costuma ter um preço mais alto. Ainda assim, tem conquistado espaço nos EUA com marcas como Slate Milk e Fairlife, que apostam no apelo nutricional para atrair consumidores que não querem abrir mão do laticínio. >