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Agência Correio
Publicado em 4 de julho de 2025 às 12:30
Diferenciar o bacalhau verdadeiro das imitações exige atenção aos detalhes, como nome científico e formato físico, para garantir autenticidade na compra. >
O bacalhau é um ingrediente tradicional em muitas receitas brasileiras, especialmente em datas comemorativas. No entanto, o consumidor nem sempre recebe o que espera ao adquirir o produto, já que diversas espécies de peixe salgado são comercializadas com o nome de bacalhau, embora apenas três sejam reconhecidas oficialmente no Brasil.>
Esse tipo de confusão é evitável quando se conhece os critérios legais e visuais que ajudam a confirmar a procedência do peixe. Saber distinguir essas espécies não é apenas uma questão de sabor, mas também de respeito ao que se consome.>
O primeiro passo para identificar o bacalhau verdadeiro é observar a embalagem. Produtos embalados devem informar o nome científico, algo exigido pela legislação brasileira para garantir clareza na rotulagem. Se estiver ausente, é provável que o peixe pertença a uma espécie similar, mas não legítima.>
É importante evitar comprar apenas com base na aparência ou no nome popular exibido na gôndola. O rótulo é o documento que certifica a autenticidade do produto e deve ser levado a sério.>
Tipos de peixe
O formato do corpo do peixe também revela pistas importantes. O bacalhau verdadeiro apresenta um corpo largo e uma cauda reta ou ligeiramente curvada. Suas postas são bem definidas e a carne tem textura firme, mas que se desfaz com facilidade quando cozida.>
Já os peixes que costumam ser confundidos com bacalhau apresentam diferenças visíveis: caudas arredondadas, corpo estreito ou carne mais oleosa. Aprender a observar esses sinais ajuda a evitar decepções culinárias.>
Entre as alternativas mais comuns estão o saithe, o ling e o zarbo. O saithe tem uma textura mais gordurosa e coloração amarelada; o ling é mais firme e menos suculento, dificultando alguns tipos de preparo. O zarbo, menor, lembra frutos do mar no sabor, mas não tem a mesma aplicação nas receitas tradicionais.>
Esses peixes são legítimos como alimentos, mas não se enquadram na definição legal de bacalhau. São escolhas mais econômicas, mas com características distintas que o consumidor deve conhecer.>
Manter o peixe seco e bem armazenado é essencial para conservar suas propriedades. A carne deve estar consistente, sem umidade excessiva ou sinais de deterioração, como mofo ou odor forte. Isso indica que o bacalhau está pronto para ser dessalgado e preparado.>
Depois de dessalgar, o ideal é usá-lo em poucos dias, armazenando na geladeira. Se for necessário guardar por mais tempo, o congelamento é uma opção viável, respeitando um período de até trinta dias para manter sabor e textura.>