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Giuliana Mancini
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 14:45
O ex-delegado Jorge Lordello cravou que o assassinato de Odete Roitman no remake de "Vale Tudo" foi uma simulação. O especialista de 60 anos, que é conhecido como Doutor Segurança, afirmou ter assistido à cena mais de 150 vezes ao longo de quatro dias e assegurou que os elementos presentes não apontam um homicídio.
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Em conversa com o Central Splash, Lordello explicou que apenas um tiro na cabeça ou no coração pode fazer alguém morrer instantaneamente, como seria o caso da vilã na novela. Segundo ele, a tendência seria a personagem sentir dor e se curvar para frente em agonia.>
5 principais suspeitos da morte de Odete Roitman em 'Vale Tudo'
"Jamais ela iria para trás, se encostar e cair. Essa cena seria de um crime com um tiro na cabeça ou no coração. O normal seria ela buscar ajuda através de um telefone, o que não acontece. E eu tenho certeza de que isso foi uma pegadinha da Manuela Dias. [...] Toda a cena é de simulação", comentou.>
Ele também falou que, pelo som de tilintar ouvido na cena, o disparo foi claramente feito por uma pistola, e não por um revólver. Isso pode ser relevante na hora de identificar quem ajudou a dona da TCA a fingir sua morte. Ainda segundo Lordello, o tiro acertado em Odete foi perto da moldura na parede. Mas, quando ela cai, o furo está mais acima - o que indicaria que ele foi fabricado, segundo o especialista.>
Odete estaria usando um squib, um equipamento pequeno com sangue falso que é disparado por controle remoto. "A pessoa dá um tiro e, em seguida, aperta o squib, joga o sangue, ela encosta de propósito para dar a impressão de que escorreu, e essa pessoa que a ajuda vai embora levando o squib, a cápsula que caiu no chão e a pistola que fez o tiro", avaliou.
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Suíte de Odete Roitman
Para ficar desacordada, a vilã teria tomado um 'Sossega Leão' dado por seu comparsa. "Porque ele faz com que você não consiga perceber a respiração. É a simulação perfeita. A Odete é inteligente, tem dinheiro, e ela tinha que fazer algo que realmente levasse as autoridades a acreditarem que ela morreu", cravou.>
Ainda segundo Lordello, outra pessoa também teria entrado no quarto primeiro e não teve coragem de matar Odete. É por isso, de acordo com ele, que há outro buraco na parede. "Ela atirou lateralmente, saiu e foi embora nervosa. Só que a coincidência é que, naquela mesma tarde, ela tinha programado a morte dela".>
O especialista finaliza de forma categórica: se a cena se tratar de um homicídio, está "totalmente errada". "Dentre essas dez possibilidades de final, se a Manuela Dias não fizer o que eu estou dizendo, aí eu vou ter que criticá-la pelo seguinte: a cena mostra uma simulação e não um homicídio".>