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Elis Freire
Publicado em 19 de abril de 2025 às 16:56
Data marcada pelo silêncio e pela reflexão na tradição cristã, o Sábado de Aleluia, também chamado de Sábado Santo, é um momento que representa a transição. O dia está entre a Sexta-Feira Santa, marcada pela morte de Jesus crucificado, e o Domingo de Páscoa, que celebra sua ressurreição. Mas, mesmo sendo um momento de pausa litúrgica, o Sábado de Aleluia ainda é parte da Quaresma? >
Sim, o Sábado de Aleluia é o último dia do tempo quaresmal. A Quaresma começa na Quarta-Feira de Cinzas e dura 40 dias, encerrando-se com o início da Vigília Pascal, na noite do sábado. A partir dessa celebração, a Páscoa tem seu início, onde os cristãos celebram a vida nova em Cristo.>
Durante este dia, a Igreja não realiza missas. É um tempo de recolhimento e oração, marcado pelo silêncio diante do túmulo de Jesus. Os fiéis também se unem à dor de Maria, conhecida nesse dia como Nossa Senhora da Solidão. O clima é de luto, mas também de esperança.>
A Vigília Pascal, celebrada à noite, é uma das cerimônias mais importantes do calendário cristão. Nela, acende-se o Círio Pascal, símbolo da luz de Cristo ressuscitado. Pela primeira vez desde o início da Quaresma, entoa-se o “Aleluia”. Também é o momento em que os cristãos renovam suas promessas batismais, marcando o começo da Páscoa com alegria e luz.>
Nos lares brasileiros, o Sábado de Aleluia também é lembrado de formas particulares. Em muitas regiões, é comum a queima ou malhação do Judas — um boneco que simboliza o traidor de Jesus. Essa prática popular mistura elementos religiosos e culturais, expressando a rejeição ao mal. Algumas famílias mantêm o jejum ou organizam momentos de oração em casa, enquanto aguardam a celebração da ressurreição.>
O Sábado de Aleluia, então, representa a transição entre a dor da cruz e a alegria da vida nova. É um tempo de espera silenciosa e de preparação espiritual para o maior acontecimento da fé cristã: a ressurreição de Jesus.>