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Sem trapaça: descubra o truque que fez um homem ganhar 14 vezes na loteria

Estratégia funcionou por anos e só parou quando foi proibida por lei em alguns países

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 31 de julho de 2025 às 09:30

Um economista romeno-australiano chamado conseguiu driblar o sistema da loteria
Um economista romeno-australiano chamado conseguiu driblar o sistema da loteria Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Ganhar na loteria pode parecer uma questão de sorte, mas um homem provou que, com inteligência e planejamento, era possível transformar o acaso em uma equação de sucesso. O economista romeno Stefan Mandel venceu a loteria 14 vezes, sem cometer fraudes, sem usar informações privilegiadas e sem depender de números da sorte.

Loteria por Agência Brasil

A lógica por trás do bilhete premiado

Nos anos 1990, Mandel desenvolveu um método baseado em pura matemática. Em vez de apostar aleatoriamente, ele buscava loterias com prêmios acumulados tão altos que superavam o custo de adquirir todos os bilhetes possíveis.

A estratégia era ousada: calcular todas as combinações possíveis de números, garantir financiamento de investidores e, depois, imprimir milhões de bilhetes com essas combinações. Quando as condições certas apareciam, prêmio alto o suficiente e número de combinações relativamente baixo, ele colocava o plano em prática.

Da Romênia à Austrália, até chegar aos EUA

Mandel aplicou o método com sucesso inicialmente na Romênia, onde ganhou o suficiente para sair do país, e depois na Austrália. Com o tempo, aperfeiçoou seu sistema com o uso de algoritmos e uma equipe reduzida, imprimindo os bilhetes de forma automatizada.

Seu grande golpe, no entanto, aconteceu nos Estados Unidos. Na época, a loteria do estado da Virgínia usava apenas 44 números, o que gerava pouco mais de 7 milhões de combinações possíveis. Com um prêmio de US$ 15,5 milhões em jogo, Mandel organizou uma verdadeira operação: durante dois dias, sua equipe comprou cerca de 6,4 milhões de bilhetes. Um deles, como esperado, foi o ganhador.

A ação chamou a atenção do FBI e da CIA, mas nenhuma irregularidade foi encontrada. A operação estava dentro da legalidade.

Nem tudo era lucro imediato

Apesar dos ganhos milionários, o sistema de Mandel exigia uma estrutura gigantesca. Os lucros precisavam ser divididos entre investidores e parte do dinheiro era usada para cobrir custos operacionais, impressão e logística.

Mesmo assim, sua capacidade de usar a matemática para “dominar” a loteria virou referência. Seu caso expôs falhas nos sistemas de sorteios analógicos da época, e influenciou mudanças nas regras das loterias em vários países.

Fim da linha e aposentadoria discreta

Depois da última vitória, Mandel se retirou do jogo e foi viver nas Ilhas Vanuatu, no Pacífico Sul, longe dos holofotes. Com leis mais rigorosas, restrições à compra em massa de bilhetes e loterias digitalizadas, repetir seu feito hoje seria praticamente impossível.

Mas sua história continua sendo um exemplo fascinante de como a lógica, quando bem aplicada, pode encontrar brechas até nos jogos mais imprevisíveis do mundo.