Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Som e água: nova técnica elimina câncer sem radiação e promete revolucionar tratamentos

Ondas sonoras e água são usadas para destruir tumores com precisão e menos efeitos colaterais

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 22 de julho de 2025 às 05:30

Tratamento promete menos efeitos colaterais que a quimioterapia
Tratamento promete menos efeitos colaterais que a quimioterapia Crédito: Freepik

Uma nova esperança surge no tratamento do câncer, e sem precisar de radiação nem cirurgias invasivas. Chamado de histotripsia, o método usa feixes de ultrassom concentrados em água para destruir células tumorais com alta precisão, sem agredir tecidos saudáveis ao redor.

A tecnologia, que vem sendo estudada há cerca de duas décadas, começa a mostrar resultados concretos em pacientes. A principal vantagem é que o procedimento é não invasivo e não utiliza substâncias tóxicas, o que reduz os efeitos colaterais e o tempo de recuperação.

Caso real mostra potencial da técnica

Um exemplo que chama atenção é o de Chris Donaldson, de 48 anos, morador do Alabama, nos Estados Unidos. Em 2022, ele foi diagnosticado com melanoma ocular, que mais tarde se espalhou para o fígado. Com o avanço da doença e o risco de metástase, os médicos decidiram usar a histotripsia como alternativa.

Conhecido mundialmente como o Pantera Negra, Chadwick Boseman foi diagnosticado em 2016, no auge da carreira, mas escondeu a doença por Reprodução

Segundo a emissora norte-americana KABC-TV, o tratamento foi aplicado ao longo de dois meses. O resultado surpreendeu a equipe médica: as células cancerígenas foram eliminadas e Donaldson apresentou melhora significativa no quadro de saúde.

Água e som no lugar da radiação

Para funcionar, o método precisa de água, já que as ondas sonoras se dispersam no ar. O meio líquido permite que os feixes se mantenham concentrados no alvo, atingindo o tumor com mais precisão. Diferente da radioterapia, o processo não causa danos a outras partes do corpo e pode ser repetido sempre que necessário.

De acordo com os médicos, o órgão tratado se regenera completamente após cada sessão. Além disso, os fragmentos genéticos deixados após a destruição das células podem até estimular o sistema imunológico, ajudando na prevenção de novos focos da doença.

Futuro da técnica ainda está em testes

A histotripsia já foi aprovada pela FDA nos Estados Unidos e vem sendo aplicada em hospitais de referência, como o Providence Mission. A expectativa agora é expandir o uso da tecnologia para outros tipos de câncer.

Pesquisadores ainda investigam como tecidos mais delicados, como os da tireoide e das mamas, vão reagir à técnica. Apesar das incertezas, especialistas estão otimistas e acreditam que a inovação possa representar um avanço importante na luta contra o câncer.