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Trocar o 'desculpe' por essa outra palavra revela inteligência emocional acima da média; veja lição de Steve Jobs

Uma mudança sutil na linguagem transforma conflitos em conexões mais fortes e altera a forma como somos percebidos

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 21:00

Em certos contextos, essa escolha pode enfraquecer a mensagem e até a credibilidade de quem fala
Em certos contextos, essa escolha pode enfraquecer a mensagem e até a credibilidade de quem fala Crédito: Reprodução/Youtube

Pedir desculpas é um gesto importante de empatia e convivência social. No entanto, muitas pessoas usam o “desculpe” de forma automática, apenas para encerrar conversas desconfortáveis ou evitar conflitos.

Em certos contextos, essa escolha pode enfraquecer a mensagem e até a credibilidade de quem fala. Foi justamente esse ponto de virada que líderes como Steve Jobs souberam explorar.

Ao compartilhar uma lição de Aaron Lazare, ex-presidente da Universidade de Massachusetts, a equipe da Trendencias destacou que um pedido de desculpas eficaz funciona como “um processo de negociação em que o acordo deve deixar ambas as partes emocionalmente satisfeitas”.

Jobs mostrou, ao longo da carreira, que esse equilíbrio também pode ser alcançado por outros caminhos.

Apple por Shutterstock

Quando “desculpe” vira “obrigado”

Psicólogos apontam que pessoas com inteligência emocional acima da média tendem a substituir o pedido de desculpas excessivo por expressões de gratidão, como “obrigado”. Essa simples troca muda completamente a dinâmica da conversa.

Em vez de reforçar culpa ou erro, a gratidão reconhece o outro. Em situações comuns, como chegar atrasado a uma reunião, dizer “obrigado pela paciência” fortalece o vínculo e cria um clima mais positivo, baseado em valorização e respeito mútuo.

Segundo Shadé Zahrai, cientista comportamental formada em Harvard:

"Pedir desculpas por coisas que não justificam um pedido de desculpas geralmente surge do desejo de demonstrar respeito, obter aprovação externa ou evitar conflitos, mas pedir desculpas em excesso demonstra falta de convicção em suas opiniões, o que pode levar os outros a questionarem sua credibilidade e fazer você parecer fraco e inseguro".

Estudos de Alison Wood, também de Harvard, reforçam esse ponto ao tratar do chamado Pedido de Desculpas Supérfluo:

"Não faz você parecer gentil; faz você parecer menos competente e menos no controle da situação".

A estratégia de Steve Jobs

Steve Jobs levou essa lógica ao extremo. Em momentos críticos, evitou pedidos de desculpas e reposicionou a narrativa. Em 1997, ao anunciar o apoio da Microsoft à Apple, afirmou:

"Temos que abandonar essa ideia de que para a Apple vencer, a Microsoft tem que perder... Devemos agradecer a Bill e à equipe por estarem lá para nos ajudar".

No Antennagate e até em falhas públicas, como a da Keynote de 2010, Jobs manteve a postura firme e estratégica:

"Receio ter que pedir algo... se quiserem ver as demonstrações, peço que desliguem seus laptops. Agradeceria".

Mais do que evitar o “me desculpe”, ele dominava a arte de não se colocar em desvantagem, uma lição clara de inteligência emocional aplicada à liderança.