Um cientista o previu, e agora Elon Musk confirma: 'O próximo problema global será a falta de eletricidade'

O mundo se aproxima de uma crise global de eletricidade, conforme alertam Elon Musk e o físico argentino Juan Carlos Bolcich. A alta demanda por energia, impulsionada por carros elétricos e o avanço da Inteligência Artificial, sobrecarrega as redes.

Enquanto a Noruega atinge 82% de vendas de carros elétricos, Países Baixos já sofrem com o colapso de suas redes. A situação é insustentável em Utrecht, com cidades como Amsterdã e Roterdã seguindo o mesmo caminho.

O problema não se limita à quantidade de carregadores, mas à capacidade geral das cidades. Essa fragilidade energética afeta a sustentabilidade e os objetivos climáticos globais.

Elon Musk, em sua fala durante uma conferência, afirmou: "O próximo problema será a falta de eletricidade". Essa declaração confirma a preocupação do físico argentino Juan Carlos Bolcich, antecipada em 2021.

Bolcich havia alertado que o mundo colapsaria ante a demanda de energia. Ele disse que a eletricidade não deveria ser mais de 50% da energia gerada, comparando a rede elétrica a uma avenida que pode travar.

Um recente relatório do New York Times destaca que a demanda atual de energia coloca as redes no limite. Consequentemente, isso põe em perigo os objetivos climáticos de países desenvolvidos e da União Europeia.

Somente nos Estados Unidos, centros de dados, criptomineração e a expansão da IA de gigantes como Amazon e Google catapultam a rede elétrica. A demanda em estados como Geórgia cresceu 17 vezes em uma década.

Musk conectou a "mobilidade elétrica e a IA" ao problema, dizendo que seu crescimento simultâneo cria "demanda excessiva de geração de energia elétrica". Carros elétricos inteligentes aumentam drasticamente o consumo.

Adicionalmente, as fábricas de microchips e baterias também consomem mais energia devido ao aumento da produção global. Todos esses fatores, portanto, sobrecarregam as centrais de geração de eletricidade.

A solução é construir novos centros de geração. No entanto, eles não podem ser apenas ecológicos, pois a demanda excede a produção sustentável. Isso pode forçar o retorno a fontes como gás, carvão e nuclear.

Tal cenário colocaria em crise os objetivos de neutralidade de carbono. Diante disso, a busca por alternativas energéticas e soluções de armazenamento se torna fundamental para o futuro do planeta.

Juan Carlos Bolcich, conhecido como "pai do hidrogênio na Argentina", propôs o hidrogênio como armazenamento de energia elétrica. O processo de eletrólise converte energia de fontes variáveis como sol e vento em hidrogênio.

Ele explicou: "O que tem que ser feito é usar esses recursos naturais infinitos, mas variáveis, de maneira inteligente". Assim, o hidrogênio pode ser transformado em eletricidade novamente quando necessário.