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Um mês antes de morrer, Juliana Marins fez reflexão sobre propósito: 'Respirar fundo e viver o agora'

Jovem colecionou lembranças felizes em viagens pelo mundo

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 24 de junho de 2025 às 18:43

Juliana Marins
Juliana Marins Crédito: Reprodução

A jovem brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair durante uma trilha em um vulcão no Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia, escreveu sobre uma das suas últimas viagens e falou sobre seu estilo apaixonado pela vida.

Um  mês antes de morrer, Juliana esteve na Tailândia e ficou encantada com o que viu. "É difícil descrever o que foi a Tailândia pra mim, mas acredito que tenha sido, principalmente, sobre propósito. Aprendi muito com a cultura e a filosofia de vida, mas também sobre respeitar o que eu sinto e seguir o que faz sentido. Explorei cidades completamente sozinha; fiquei 5 dias em um retiro de yoga; mergulhei 11 vezes e recebi dois certificados internacionais de mergulho; vivi 5 dias em um monastério budista enquanto meditava e aprendia com os monges", escreveu ela.

Juliana Marins por Reprodução

"Tenho aprendido a me concentrar no meu corpo e em tudo que ele é capaz de fazer (por dentro e por fora). Hoje sou grata por viver cada momento, por aceitar todas as emoções e não relutar em deixar elas irem e virem. Eu não fiquei bem o tempo todo. Em alguns momentos me senti triste, frágil, vulnerável. Em outros, me senti completamente cheia de mim. Grata, feliz, em paz, apaixonada pela vida. O budismo acredita na impermanência. Tudo é passageiro. Por isso a importância de se voltar pro presente, olhar pra dentro, respirar fundo e viver o agora. Até porque, como diria Gil, esse é o melhor lugar do mundo", completou.

Relembre o caso

Juliana Marin caiu de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no último sábado (21), e foi encontrada morta nesta terça-feira (24). A confirmação foi feita pela família da jovem, que criou uma página nas redes sociais para centralizar informações sobre as buscas. Juliana estava desaparecida desde o último sábado (21), quando sofreu o acidente durante uma caminhada na cratera do vulcão.

Drones no primeiro dia mostraram a jovem se mexendo por Reproduçáo

“Hoje a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, informou o comunicado oficial publicado pela família.

A jovem chegou a ser localizada ainda no primeiro dia de buscas, por meio de imagens captadas por drones. Ela estava viva, mas em uma área de difícil acesso, o que atrasou o resgate. Socorristas chegaram a montar um acampamento temporário para tentar alcançar Juliana, mas as condições climáticas e a baixa visibilidade dificultaram a operação.

Segundo informações do Parque Nacional de Rinjani, as equipes adotaram estratégias de resgate vertical para evitar reiniciar toda a trilha e reduzir o tempo de resposta. No entanto, o terreno acidentado e a neblina impediram o uso de helicópteros, o que limitou as possibilidades de aproximação imediata.

O pai da jovem, Manoel Marins Filho, embarcou na manhã desta terça-feira em direção à Indonésia, saindo de Lisboa, onde mora. Ele compartilhou nas redes sociais um vídeo momentos antes da viagem.

“Estamos embarcando agora para Bali, prestes a entrar no avião. São praticamente 10 horas de voo daqui até lá. Quero pedir que vocês sigam orando pelo resgate da Juliana, que ela esteja bem e possa voltar conosco para o Brasil. Sã e salva. Obrigada por tudo”, disse.

Juliana morava em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro. Antes de seguir para a Indonésia, ela já havia passado por Filipinas, Tailândia e Malásia.