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Brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia é encontrada morta

Juliana Marins, de 26 anos, chegou a sobreviver à queda, mas morreu esperando resgate

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 24 de junho de 2025 às 11:08

Juliana Marins
Juliana Marins Crédito: Reprodução

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada sem vida no quarto dia após cair da trilha de um vulcão na Indonésia. A informação foi confirmada pela família da jovem pelas redes sociais nesta terça (24). Juliana aguardava resgate desde o dia que caiu, no sábado (sexta no Brasil). Ela chegou a ser registrada com vida por imagens feitas com drones, ainda no primeiro dia.

O comunicado oficial foi divulgado na página que a família criou para informar sobre o resgate de Juliana. "Hoje a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido", diz o texto. 

O pai da jovem embarcou hoje pela manhã a caminho da Indonésia para acompanhar o caso. "Estamos embarcando agora para Bali, prestes a entrar no avião. São praticamente 10 horas de voo daqui até lá. Quero pedir que vocês sigam orando pelo resgate da Juliana, que ela esteja bem e possa voltar conosco para o Brasil. Sã e salva. Obrigada por tudo", disse mais cedo Manoel Marins Filho, que estava saindo de Lisboa, em Portugal.

Comunicado da família
Comunicado da família Crédito: Reprodução

Mais cedo, o Parque Nacional divulgou que os socorristas chegaram a montar um acampamento temporário mais próximo a Juliana, mas tiveram que interromper a descida por conta da falta de visibilidade e condições climáticas. Em uma publicação nas redes sociais, a administração do parque afirmou que os esforços continuariam com técnicas de resgate vertical, para evitar que os socorristas tenham de voltar ao início da trilha, evitando com que depois tenham que recomeçar do zero. O acesso ao local era considerado extremamente difícil e a falsa de visibilidade dificuldade uso de helicópteros.

Acidente em trilha

Drones no primeiro dia mostraram a jovem se mexendo por Reproduçáo

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, fazia uma trilha no vulcão Rinjani quando tropeçou e deslizou cerca de 300 metros pela encosta na noite de sexta-feira (20). Três horas após o acidente, um grupo de turistas espanhóis a encontrou e se manteve em contato com a família através de fotos e vídeos feitos por drone. Juliana usava calca, blusa, bota e luvas e era vista movimentando as mãos.

De acordo com Mariana, irmã de Juliana, o clima adverso e a névoa intensa agravaram a situação dela, fazendo com que “escorregasse ainda mais da pedra” - ela foi deslizando ao longo dos dias e ontem estava a 650 metros da trilha. Mariana definiu como “absurdo” a possibilidade de Juliana perder a vida por falta de socorro, reclamando da lentidão com que as buscas foram feitas. 

A família diz que Juliana foi "abandonada" na trilha pelo guia, ao sentir cansaço no segundo dia de caminhada. A jovem ficou sozinha enquanto descansava e estava só quando caiu. Em entrevista a O Globo, o guia Ali Musthofa negou ter abandonado Juliana, disse que estava somente 3 minutos à frente dela e que quando a jovem não o alcançou voltou para procurá-la, momento em que percebeu o acidente. 

“Eu não a deixei, mas esperei três minutos na frente dela. Depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu. Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei... percebi (que ela havia caído) quando vi a luz de uma lanterna em um barranco”, disse o guia, acrescentando que acionou imediatamente a equipe da agência de turismo para que o resgate fosse enviado, pois a localização em que Juliana caiu exigia equipamento técnico para socorro.  Já a Agência Nacional de Resgate da Indonésia (Barsanas) informou que o alerta sobre o acidente só chegou às equipes cerca de oito horas depois da queda, o que atrasou o início das ações. Tentativas com cordas e macas foram feitas nos dias anteriores, sem sucesso.

No sábado, a Embaixada brasileira em Jacarta chegou a informar que uma operação de resgate de 16 horas havia sido bem-sucedida e que Juliana havia recebido suprimentos básicos, com comida e agasalho. Essa versão, no entanto, foi desmentida pelos parentes da jovem, que disseram inclusive que um vídeo divulgado pelas autoridades do país era forjado para fingir que ação havia sido tomada. Posteriormente, o embaixador brasileiro ligou para a família para pedir desculpas e confirmou que a informação não era verdadeira.

Juliana era natural de Niterói, no Rio de Janeiro, formada em Publicidade pela UFRJ e também atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.