Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Guia nega abandono e diz que voltou para procurar brasileira após deixá-la só em trilha de vulcão

Tentativas de resgate de Juliana Marins, que caiu há mais de 60 horas, continuam

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 23 de junho de 2025 às 13:10

Guia Ali Musthofa com Juliana e outros turistas na trilha
Guia Ali Musthofa com Juliana e outros turistas na trilha Crédito: Reprodução

O guia que acompanhava Juliana Marins na trilha do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, negou ter abandonado a brasileira antes de sua queda. Ali Musthofa afirmou que orientou a publicitária a descansar e seguiu em frente “três minutos”, retornando assim que percebeu sua demora. Ao voltar, não achou Juliana e depois percebeu que ela havia caído e estava a cerca de 150 metros abaixo. Juliana pedia socorro e acenava uma lanterninha, segundo ele. 

“Eu não a deixei, mas esperei três minutos na frente dela. Depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu. Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei... percebi (que ela havia caído) quando vi a luz de uma lanterna em um barranco”, disse o guia a O Globo, acrescentando que acionou imediatamente a equipe de resgate, pois a localização exigia equipamento técnico.

Dados divulgados pelo Parque Nacional do Monte Rinjani informam que o resgate visualizou Juliana pela primeira vez por drone nesta segunda-feira (23), às 6h30 (horário de Brasília), presa em um penhasco rochoso a aproximadamente 500 metros de profundidade, imóvel. Dois pontos de ancoragem foram tentados pelos socorristas: um a cerca de 350 metros, e outro próximo à vítima, mas o terreno, repleto de saliências, impediu a instalação das cordas, exigindo escalada pela equipe.

As condições adversas, com neblina densa e ventilação intensa, tornaram a visibilidade precária, levando os resgatistas a recuarem para posições mais seguras. Segundo a nota oficial, o processo está em “posição de prontidão”, e uma reunião virtual convocada pelo governador local avaliou o eventual uso de helicóptero, desde que equipado com sistema Hois e com clima favorável — dentro do chamado “Tempo Dourado” de 72 horas para salvamentos em área selvagem.

A família de Juliana, por meio da irmã Mariana, pressionou por ação rápida, afirmando que ela permanece “sem água, comida e agasalhos por 3 dias” e cobrou urgência nas operações. “Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo, faltavam 350 metros… precisamos que o resgate chegue até Juliana com urgência”, escreveu Mariana.

A trilha, considerada uma das mais exigentes da Indonésia, alcança 3.726 metros de altitude e costuma durar entre dois e quatro dias. Juliana, de 26 anos, estava no segundo dia quando escorregou cerca de 300 metros penhasco abaixo. Ela foi localizada por turistas com auxílio de drone por volta das 17h10 do sábado (horário de Brasília). Sem sinal de telefone, a comunicação com a família só foi possível via redes sociais após o achado.

Equipes da embaixada do Brasil e da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia seguem no local, enfrentando clima instável e relevo íngreme. A operação também ganhou suporte técnico dos alpinistas experientes e aguarda condições favoráveis para tentar mais uma tentativa de resgate.