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Fernanda Varela
Publicado em 9 de julho de 2025 às 09:17
O remake de Vale Tudo tem vivido capítulos frenéticos. Com a movimentação, o público já começa a se perguntar se os destinos dos personagens clássicos serão mantidos ou reescritos. Leila, Marco Aurélio, Celina e Solange tiveram desfechos impactantes na novela original, exibida em 1988, e são hoje os nomes que despertam mais expectativa nos bastidores e entre os noveleiros de plantão.>
Vale Tudo
Leila >
Interpretada originalmente por Cássia Kis e hoje vivida por Carolina Dieckmmann, Leila é quem mata Odete Roitman, em um crime motivado por ciúmes, cometido por engano. Na época, o desfecho da personagem foi polêmico: ela não foi punida e fugiu do Brasil ao lado de Marco Aurélio. A ausência de justiça foi lida por muitos como crítica direta à impunidade da elite.>
Marco Aurélio>
Hoje vivido por Alexandre Nero, o personagem original foi interpretado por Reginaldo Faria. Na trama, Marco Aurélio foi um dos maiores símbolos do “jeitinho” brasileiro. Empresário corrupto, ele termina a novela fugindo com dinheiro desviado da empresa, deixando para trás uma cena inesquecível: uma "banana" feita com os braços em frente às câmeras, em tom de deboche. O gesto entrou para a memória coletiva.>
Solange Duprat>
Vivida por Lídia Brondi na versão original e por Alice Wegmann no remake, Solange representava o ideal de integridade dentro da trama. Sensível e coerente, ela engravida de Afonso (Cássio Gabus Mendes/Humberto Carrão) e termina feliz ao lado dele. Seu final foi um dos poucos considerados positivos na novela.>
Elenco de "Vale Tudo"
Celina >
Natália Timberg deu vida à personagem na versão original, enquanto Malu Galia faz atualmente. Na trama original, ela é conhecida por seu humor ácido e pela icônica cena da maionese supostamente envenenada. Celina não morre e permanece como voz crítica dentro da história, observando o caos com lucidez, indignação e ironia.>
Final original pode mudar?>
O remake estreou com a promessa de homenagear o clássico sem se prender totalmente ao roteiro de 1988. Desde então, mudanças pontuais vêm sendo testadas. Nos bastidores, há quem aposte que Leila não escapará da Justiça desta vez, que Marco Aurélio enfrentará as consequências e que o assassinato de Odete Roitman pode ser reatribuído a outro personagem.>
Isso se justifica porque o público é outro, a linguagem televisiva mudou e os espectadores cobram maior coerência.>
Mas há quem defenda que manter o desfecho original pode ser uma maneira de preservar o impacto social da obra, justamente por expor as falhas estruturais que continuam atuais: impunidade, corrupção e desigualdade.>