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Agência Correio
Publicado em 16 de setembro de 2025 às 05:00
Diagnosticar o Alzheimer de forma precoce pode ser decisivo para frear o avanço da doença. Agora, um novo tipo de exame de sangue promete facilitar esse processo, com mais rapidez, menos custo e sem a necessidade de métodos invasivos.>
Pesquisadores encontraram no sangue biomarcadores que podem indicar sinais da doença antes mesmo dos primeiros sintomas aparecerem.>
Apesar de ainda estar em fase de testes, a descoberta representa uma revolução na forma como se poderá, em breve, identificar os casos de demência, especialmente os provocados pela doença de Alzheimer, responsável por 70% dos diagnósticos.>
Alzheimer atinge idosos
Demência é um termo que engloba diversas doenças que comprometem a memória, o raciocínio, o comportamento e a capacidade de realizar tarefas do dia a dia. A forma mais comum é o Alzheimer, que atinge principalmente pessoas com mais de 60 anos.>
Com o avanço da doença, tarefas simples se tornam difíceis, e o paciente pode passar a esquecer compromissos, se perder em lugares familiares ou até repetir muitas vezes a mesma informação.>
Embora seja natural esquecer algumas coisas no dia a dia, a frequência e o tipo de esquecimento são o que mais chamam atenção nos casos de demência. Veja alguns sinais de alerta:>
Uma dica importante é diferenciar o esquecimento comum daquele que indica algo mais sério. Por exemplo, uma pessoa saudável pode se esquecer do motivo de ter entrado em um cômodo. Já uma pessoa com Alzheimer pode esquecer completamente da existência daquele cômodo.>
Hoje, o diagnóstico de Alzheimer envolve testes cognitivos, exames de imagem do cérebro e análise do líquido cefalorraquidiano — uma substância que protege o cérebro e a medula. O problema é que esses exames são caros, demorados e, no caso da coleta do líquido, bastante invasivos.>
A boa notícia é que estudos recentes indicam que proteínas presentes no sangue podem funcionar como biomarcadores da doença de Alzheimer. Essa descoberta se baseia na comunicação existente entre o cérebro e o resto do corpo.>
Isso pode permitir:>
Essa descoberta é considerada pela medicina a maior revolução no diagnóstico desse tipo de demência, atualmente.>
Embora os exames de sangue ainda estejam em fase de pesquisa, a tendência é que, no futuro, eles se tornem uma ferramenta complementar no diagnóstico da demência. A ideia é combinar os resultados do teste com avaliações clínicas e exames tradicionais para garantir mais precisão.>
Com isso, será possível fazer triagens em larga escala e encaminhar apenas os casos suspeitos para exames mais complexos — o que pode acelerar o diagnóstico e garantir tratamentos mais eficazes desde o início.>