Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Você sabe quando trocar o travesseiro? Especialista dá dicas para evitar ácaros e crises alérgicas

Ter um ‘travesseiro de estimação’ é contraindicado por profissionais de saúde por acumular micro-organismos

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 11 de maio de 2025 às 07:00

Travesseiro velho
Travesseiro velho Crédito: Shutterstock

Muitas vezes é imperceptível, mas aquele travesseiro aparentemente limpo sobre a cama pode estar abrigando milhões de micro-organismos invisíveis aos olhos — entre eles, ácaros, fungos e bactérias. Com o passar do tempo, esses agentes se acumulam e podem desencadear crises alérgicas e outros problemas respiratórios. Isso é o que explica a biomédica Polliana Rodrigues, professora de Bacteriologia clínica na Uninassau. Segundo a especialista, o tempo ideal de vida útil de um travesseiro é de dois anos.

"Em dois anos, entre 10% e 25% do peso do travesseiro pode ser composto por células mortas da pele e ácaros vivos ou mortos, além de seus excrementos, que se dispersam em forma de poeira fina e facilmente inalável", explica. De acordo com a biomédica, acontece porque a pele humana se renova constantemente, e a queratina presente nas células descamadas serve como alimento para os ácaros, incentivando sua reprodução.

Como aumentar a durabilidade e proteger sua saúde?

Durante esses dois anos de uso, é essencial adotar medidas preventivas. A especialista recomenda o uso de capas protetoras específicas para travesseiros, que devem ser trocadas a cada 3 a 4 semanas, além de manter o item em ambientes bem ventilados e com exposição à luz solar indireta.

Lavar o travesseiro em casa pode não ser suficiente. “Quando essa lavagem é feita na máquina, em casa, o processo não garante a retirada dos micro-organismos acumulados internamente nos travesseiros sejam de fato removidos e nem que a secagem será completa e efetiva”, destaca a biomédica.

Troca de roupas de cama e toalhas: com que frequência?

As fronhas e toalhas de banho também exigem atenção. De forma geral, a orientação é trocá-las uma vez por semana, mas esse intervalo pode ser reduzido no verão ou em casos de transpiração excessiva, recomenda a biomédica. Na estação mais quente do ano, o ideal é trocar 2 vezes por semana. 

Já no caso de tolhas de mão e rosto, o tempo deve ser ainda menos. “As toalhas de mão e rosto, por estarem úmidas com muito mais frequências precisam ser trocadas em um espaço de tempo menor, a cada dois dias, isso porque a umidade frequente se torna um local ideal para a proliferação de fungos e bactérias. ”, afirma Polliana. Para evitar esse risco, é importante estender bem as toalhas após o uso e deixá-las em locais arejados, permitindo que sequem totalmente.

Como evitar ácaros no dia a dia?

Os ácaros preferem locais escuros, abafados e úmidos, o que os torna presença constante em roupas de cama, estofados e brinquedos de pelúcia. Para combater sua proliferação, Dra. Polliana recomenda deixar os ambientes ventilados e iluminados e expostos à luz solar.

Além disso, ela ressalta a importância de eliminar infiltrações logo ao serem encontradas na moradia, já que locais úmidos são ideais para o crescimento de fungos e bactérias.

Quais tecidos e materiais ajudam a prevenir o problema?

Na hora de escolher os itens de cama, Polliana explica que deve se dar preferência a materiais hipoalergênicos e com trama fechada, o que dificulta o acúmulo de poeira e a entrada de microorganismos.

No caso dos lençóis, opte por microfibra de alta densidade, que impede a penetração de ácaros, ou algodão antialérgico ou até mesmo tecidos já vêm com tratamento antiácaro ou antimicrobiano. Já para os travesseiros: os ideais são os feitos de espuma viscoelástica (também conhecida como “Nasa”) ou látex, ambos resistentes à proliferação de ácaros e fungos.