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Evaristo Costa está afastado da televisão desde a saída da CNN
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2024 às 09:47
Longe da televisão desde a demissão da CNN, o jornalista Evaristo Costa está sofrendo com o diagnóstico de uma doença que descobriu em 2021.
Aos 48 anos, o comunicador, que já passou pela TV Globo e deixou a emissora em 2017, revelou que o diagnóstico da doença de Crohn o fez perder 23 quilos em três semanas.
“Eu cheguei a 99 quilos, mas estava com 99 porque estava tomando corticoide, que incha demais. Os médicos chegaram à conclusão de que os corticoides não fazem efeito em mim, além de deixar o Crohn estabilizado, mas não dava o resultado ideal e aí cortaram o remédio. Eu perdi 23 quilos em três semanas”, disse em conversa ao PodCringe, podcast apresentado por Michael Keller.
O jornalista desabafou comentando que as pessoas o veem mais magro, mas não sabem o quanto ele está sofrendo para tentar manter a doença estabilizada, já que o emagrecimento, segundo ele, não é saudável, e sim, segue desregulando por dentro.
“Eu me sinto definhando, é como eu defino para o médico. Todos os dias eu me sinto definhando. Perco meio quilo por dia… Posso comer qualquer coisa, mas não para dentro de mim. A alimentação não para dentro de mim, então não pego os nutrientes ideias e estou sempre com a imunidade baixa”, disse.
E, devido à baixa imunidade, qualquer resfriado ou virose pode virar algo bem mais grave, podendo causar uma consequência complicada.
“Uma gripe pode virar uma sepse, uma infecção na perna pode virar uma celulite. Na última vez que tive infecção nas amígdalas, ela se transformou numa sepse. A imunidade baixa não é por causa do Crohn, é uma consequência”, esclarece.
Entenda sobre a doença
Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital Israelita Albert Einstein conseguiu reduzir a inflamação no tecido intestinal de animais de maneira inédita: um pedaço de uma proteína com propriedade anti-inflamatória inserido em uma micropartícula foi direcionado, de maneira segura e bem-sucedida, até o local esperado de sua ação. Os resultados abrem caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos orais contra doenças como a de Crohn e a retocolite ulcerativa. O artigo foi publicado no International Journal of Nanomedicine.
As doenças inflamatórias intestinais afetam, principalmente, o intestino grosso e causam sintomas como diarreia, sangue nas fezes e perda de peso, além de aumentarem o risco de câncer colorretal. Costumam acometer jovens, que precisam conviver com a doença ao longo da vida. Embora a causa não seja bem conhecida, sabe-se que há fatores genéticos e ambientais envolvidos, como hábitos que alteram a microbiota intestinal. Não há cura para esses transtornos e os medicamentos utilizados apenas controlam a inflamação.
O objetivo dos autores era testar a possibilidade de administrar medicamentos via oral, já que atualmente os mais efetivos são injetáveis e, além de caros, muitos pacientes não respondem bem ao tratamento.