Mulher que diz ter inspirado personagem de 'Bebê Rena' afirma ter recebido ameaças de morte

Fiona Harvey disse que aparecer publicamente e dar a sua versão não foi uma escolha

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Publicado em 10 de maio de 2024 às 22:02

Fiona Harvey diz ter inspirado a personagem Martha, da série
Fiona Harvey diz ter inspirado a personagem Martha, da série "Bebê Rena" Crédito: Reprodução/YouTube

A escocesa de 58 anos, Fiona Harvey, que diz ter inspirado a personagem Martha, da série "Bebê Rena", negou ser uma stalker e disse que recebeu ameaças de morte na internet. As revelações aconteceram durante entrevista ao jornalista Piers Morgan, nesta quinta-feira (9). As informações foram divulgadas pelo g1.

Fiona, que também é advogada, disse que aparecer publicamente e dar a sua versão não foi uma escolha. "Na internet, detetives me rastrearam, me perseguiram e me fizeram ameaças de morte. Então não foi realmente uma escolha. Fui forçada a esta situação."

Na série da Netflix, uma mulher chamada Martha (interpretada pela atriz Jessica Gunning) aborda o aspirante a comediante Donny (vivido por Richard Gadd, ator e autor da obra) enquanto ele trabalhava em um bar em Londres, na Inglaterra. Gadd, que diz que a série é baseada em sua história real, alega que foi stalkeado obsessivamente por Martha.

No início do primeiro episódio, uma mensagem exibida na tela diz que a história é verdadeira. Já nos créditos, outra mensagem diz que alguns personagens, nomes, incidentes, locais e diálogos foram ficcionalizados para fins dramáticos.

Não há nenhuma confirmação oficial de que a mulher identificada como Martha na série seja inspirada em Fiona. Nem a Netflix nem Gadd falaram sobre isso.

Em entrevista à imprensa britânica em abril, Gadd disse acreditar que sua equipe "fez um grande esforço para disfarçar" a verdadeira identidade de Martha e que não achava que ela se reconheceria.

A série mostra Martha agredindo o personagem Donny e se declarando culpada de persegui-lo. Na entrevista, entretanto, Fiona negou a agressão e negou ter sido condenada e presa.

"Isso é completamente falso. Muito, muito difamatório para mim, muito prejudicial. E eu queria refutar isso completamente neste programa. Eu não sou uma perseguidora, não estive presa, não tenho liminares, interdições. Isso é um completo absurdo."

Ao jornalista Morgan, Fiona também negou ter enviado a Gadd 41 mil e-mails, 350 horas de mensagens de voz, 744 tweets, 48 ​​mensagens no Facebook e 106 cartas, como a série mostra.

"Isso simplesmente não é verdade. Se alguém estivesse enviando 41 mil e-mails para alguém ou algo assim, quantos seriam por dia?"

Em sua versão, Fiona disse que "pode ter havido algumas trocas de e-mails, mas só isso", disse que mandou uma carta por correio e que escreveu 18 mensagens na rede social X (que antes se chamava Twitter).

Fiona também disse que não assistiu à série (segundo ela porque "ficaria doente"), mas que percebeu as referências depois de ler reportagens na imprensa e de ser contatada por jornalistas.

Em seu canal no YouTube, onde a entrevista foi veiculada, Morgan disse que Netflix e a produtora Clerkenwell Films foram contatados para responder às alegações na entrevista, mas não responderam.