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6 fatores que você precisa analisar antes de comprar um imóvel

Arquitetas apontam cuidados que garantem conforto, segurança e valorização na aquisição de uma nova propriedade

  • Foto do(a) author(a) Portal Edicase
  • Portal Edicase

Publicado em 21 de agosto de 2025 às 05:00

Analisar cada detalhe com atenção evita surpresas desagradáveis após à compra (Imagem: Daenin | Shutterstock)
Analisar cada detalhe com atenção evita surpresas desagradáveis após à compra Crédito: Imagem: Daenin | Shutterstock

Comprar um imóvel é um dos passos mais importantes na vida de qualquer pessoa, por isso, tomar a decisão com segurança é essencial. No entanto, movidos pela empolgação do momento, muitos compradores acabam negligenciando critérios fundamentais, que podem afetar diretamente o conforto e a rotina ao longo dos anos. Para evitar surpresas desagradáveis, é preciso analisar cada detalhe com atenção.

Fatores importantes devem ser analisados antes de fechar a compra de um imóvel por Pexels

Sabendo disso, a seguir, as arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos, à frente do escritório Dantas & Passos Arquitetura, destacam o que não pode faltar no checklist. Confira!

1. Considere suas prioridades

Antes de agendar visitas, entrar em contato com corretores ou pesquisar sites de venda, é preciso parar e refletir: o que eu realmente estou procurando em um imóvel? Para Paula Passos, essa pergunta simples é o que começa a guiar o processo de compra , mas precisa ser coerente com o estilo de vida dos moradores, as necessidades atuais e os planos futuros.

“Pode ser a casa dos sonhos, mas se não está preparada para mudanças e adversidades, a promessa vira problema. Por isso, fazer uma autoanálise para saber exatamente o que se espera do imóvel ajuda a filtrar melhor as opções e economiza tempo”, conta.

Então, para esse momento inicial, vale considerar questões básicas como quantas pessoas vão morar no imóvel, qual a expectativa de permanência no local, se haverá necessidade de crescimento da família, home office, acessibilidade e outros usos específicos, como:

  • Tamanho mínimo necessário para atender às necessidades dos moradores;
  • Imóvel para uso próprio ou investimento;
  • Necessidade de área externa, varanda ou espaço para pets;
  • Proximidade de transporte público, escolas e comércio;
  • Preferência por imóveis prontos ou disposição a encarar uma reforma;
  • Limite de orçamento total, incluindo escritura, mudança e benfeitorias;
  • Necessidades de comodidades para o estilo de vida (academia, piscina, coworking).

A arquiteta reforça que levantar essas informações logo no início facilita a tomada da decisão.

2. Avalie a localização

A questão do local também é de extrema importância. Hoje em dia, estar próximo a transporte público, escolas, hospitais, farmácias, mercados e serviços do dia a dia pode significar mais qualidade de vida. Por exemplo, para famílias com crianças e pets, a proximidade com parques, praças e áreas arborizadas é essencial para garantir benefícios físicos e mentais dos pequenos. “Muitas vezes, morar em um bairro com boa mobilidade compensa mais do que um apartamento maior e mais barato em uma região distante”, destacaDanielle Dantas.

Além disso, vale observar se há construções e reformas que podem gerar ruídos excessivos, assim como avenidas movimentadas, poluição e até bares noturnos nas imediações que podem se transformar em pontos negativos. Por isso, a profissional recomenda visitar o imóvel em diferentes horários para obter uma visão mais realista.

3. Verifique as taxas e regras do condomínio

Hoje em dia, os condomínios são os locais mais visados por suas comodidades. Seja em apartamentos ou casas, esses empreendimentos costumam oferecer academias, piscinas, playgrounds e áreas de lazer, que agregam o custo mensal. “É importante verificar se a taxa de condomínio cabe no orçamento e se os serviços oferecidos realmente serão utilizados pela família”, ressalta Danielle Dantas.

Para a vizinhança de porta, as arquitetas recomendam se adiantar e conhecer o perfil dos vizinhos , além de compreender as regras do lugar. “Uma simples conversa com condôminos e a leitura das atas de assembleias podem revelar informações valiosas, seja para o sim ou para o não”, destaca a dupla.

4. Confira a documentação e pendências do imóvel

Quanto à burocracia, o número de matrícula do imóvel permite checar o histórico da propriedade em cartório, além de confirmar a existência de pendências financeiras ou jurídicas. Consultar a prefeitura também evita surpresas com débitos de IPTU e taxas em aberto. É bom estar preparado para lidar com papeladas e contratar um profissional que ajude com todo o processo.

Verificar se o imóvel aguenta reformas evita dores de cabeça antes da compra (Imagem: polinaloves | Shutterstock)
Verificar se o imóvel aguenta reformas evita dores de cabeça antes da compra Crédito: Imagem: polinaloves | Shutterstock

5. Verifique a flexibilidade para reformas

Nesse caso, nem todos os imóveis permitem a integração de ambientes ou a remoção de paredes. Por isso, verificar se o imóvel aguenta reformas evita dores de cabeça antes da compra. “Muitos clientes se encantam com a ideia de transformar o layout , mas nem sempre a estrutura do prédio permite mudanças”, explica Paula Passos.

Também é necessário entender que prédios novos podem ter taxas de condomínio menores no início, mas com o tempo os gastos aumentam à medida que a estrutura envelhece. Já nos edifícios mais antigos, os custos de reparos e manutenção muitas vezes já estão presentes desde a aquisição.

6. Observe a posição das janelas

Escolher um imóvel com uma boa entrada de luz natural influencia bastante o bem-estar e a economia de energia, já que ambientes bem iluminados tendem a transmitir sensação de amplitude, reduzem a necessidade de luz artificial durante o dia e ajudam a criar um clima agradável e acolhedor.

Por isso, ao visitar um imóvel, Paula Passos e Danielle Dantas observam com atenção a posição das janelas , a incidência do sol ao longo do dia e possíveis obstruções externas, como prédios vizinhos ou muros altos. Junto da eliminação, uma boa ventilação natural garante a circulação do ar e evita problemas como mofo, cheiro de umidade e sensação de abafamento.

“Vale lembrar que em regiões mais frias, por exemplo, ter janelas voltadas para o norte pode aumentar o aproveitamento do calor do sol, enquanto em locais muito quentes, essa mesma posição pode exigir soluções de sombreamento, como brises, cortinas ou películas”, pontuam.

Além disso, em casas, é possível potencializar tanto a iluminação quanto a ventilação com recursos como claraboias, sheds , portas de correr e janelas posicionadas em pontos estratégicos. Já em apartamentos, vale analisar se há janelas em mais de uma parede para permitir ventilação cruzada, que é muito eficiente para renovar o ar. Esses fatores, muitas vezes negligenciados na primeira visita, podem fazer toda a diferença no conforto e na qualidade de vida no dia a dia.

Qual a melhor opção, imóvel novo ou usado?

Uma das principais dúvidas é se vale mais a pena investir em algo novo ou usado, mas a resposta não é única, as arquitetas explicam que tudo depende das expectativas, do orçamento e da disposição para lidar com possíveis reformas ou ajustes.

Os imóveis novos, sejam eles apartamentos em prédios recém-construídos ou casas entregues há pouco tempo, oferecem a vantagem de estarem prontos para uso, muitas vezes com acabamentos ultra modernos e plantas adaptadas ao estilo de vida atual. Por outro lado, o custo tende a ser mais elevado, e em alguns casos, especialmente em prédios, os ambientes podem ter metragens menores do que as encontradas em imóveis antigos.

Já os imóveis antigos podem oferecer vantagens importantes, como preços mais competitivos, espaços internos mais amplos e localização privilegiada. No entanto, eles podem exigir reformas estruturais, atualizações em instalações e adaptações para atender ao padrão de conforto e segurança desejado. É fundamental avaliar o estado de conservação da estrutura e considerar o custo dessas melhorias no orçamento total.

“Um apartamento novo pode não ter o tamanho ideal, mas permite intervenções rápidas para personalização. Já uma casa usada, apesar de demandar mais reforma em hidráulica e elétrica, pode oferecer liberdade total de layout e espaços que dificilmente se encontram em imóveis recém-lançados”, finalizam Danielle Dantas e Paula Passos.