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Alan Pinheiro
Publicado em 29 de maio de 2025 às 05:00
A jornada do Bahia na Copa Libertadores em 2025 chegou ao fim nesta quarta-feira (28) após o Bahia ser superado pelo Internacional por 2x1 no Beira-Rio. O técnico Rogério Ceni concedeu entrevista após a eliminação e valorizou a campanha do tricolor na competição internacional, mas lamentou a desclassificação na fase de grupos.>
Rogério Ceni
Treinador do Bahia“A gente lamenta pois trabalhamos muito para chegar até aqui, foram dez jogos de Libertadores e estávamos bem na competição. Nos primeiros sete jogos ganhamos e empatamos, na reta final não fizemos o dever de casa contra Internacional e Nacional, e infelizmente aqui sabíamos que seriam jogos duros. O grupo se mostrou equilibrado, ninguém conseguiu se distanciar, levou para a última rodada com todos os times brigando, e infelizmente não conseguimos ter a maturidade para se manter na frente hoje”, avaliou o treinador.>
Internacional x Bahia, pela Copa Libertadores
A partida, válida pela 6ª rodada do grupo F, contou com dois times preocupados com a possibilidade de eliminação na competição, o que se refletiu em um primeiro tempo com poucas chances de gol. O placar zerado só foi modificado no segundo tempo, quando o Bahia abriu o placar com o volante Jean Lucas. Não demorou cinco minutos para Vitinho empatar a partida no Rio Grande do Sul. No final, Borré deu números finais. >
Na visão de Rogério Ceni, o fator casa teve papel importante na campanha das equipes no torneio. O tricolor fechou a fase de grupos com sete pontos, na terceira colocação. O resultado final coloca a equipe nos playoffs da Conmebol Sul-Americana.>
“Acho que em Copa Libertadores o fator casa é determinante para ter sucesso na competição. Nós ainda fomos buscar três pontos no Uruguai, um jogo difícil, o Inter também conseguiu vencer o Nacional lá. Contra o Inter, na estreia, estávamos na frente, jogando melhor, e cedemos o empate. O confronto direto vale muito e sabíamos que a chance de ter um confronto direto na última rodada, se não estivesse com mais de três pontos na frente, seria mais difícil. Mas ainda conseguimos vir aqui e jogar um jogo bem parelho, fazer o gol, sair na frente. Uma pena que não deu tempo de sustentar”, completou.>
O próximo compromisso do Bahia na temporada será diante do São Paulo, neste sábado (31), às 18h30, na Arena Fonte Nova, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.>
Balanço da campanha >
"Infelizmente tivemos uma largada boa, empate com Inter em casa, vencemos o Nacional e o Atlético Nacional. Não nos daria a classificação, mas colocaria situação mais confortável se tivéssemos nos concentrado mais contra o Nacional em casa [Bahia perdeu de virada]".>
Balanço em jogos contra o Inter>
"Jogamos com o Inter todo ano. É um poder de concentração maior. Esse ano vamos nos encontrar quatro vezes. Eu acho que foram jogos muito equilibrados. Faltou sustentar um pouco dentro de campo. Não foi uma jogada construída. E aí você sofre o gol. Posso dizer que foi falta de experiência na competição. Se fosse jogo contra o Nacional ou Atlético Nacional na Colômbia diria que eram adversários que a gente não conhecia. Cedemos gol muito fácil ao adversário. Lutamos muito para construir, se adaptando ao jogo".>
Voltar à Libertadores>
"O Bahia é uma equipe que joga um bom futebol, as pessoas reconhecem. Na maioria dos jogos compete de igual para igual. Enfrentamos três campeões de Libertadores. Temos sempre planejamento a cada ano. Tivemos lesões também cruéis e inesperadas, como as de Kanu e Erick. Estamos na 17ª ou 18ª semana seguida jogando quarta e domingo. Vamos fazer o possível no sentido de concentração e continuar trabalhando. Tivemos, principalmente contra o Nacional, o maior desequilíbrio. Hoje não dá nem para dizer o que aconteceu porque foi muito rápido. Vamos trabalhar, continuar investindo nas ideias de jogo que a gente tem. O grande objetivo da gente é tentar colocar o Bahia novamente na Libertadores. Muitos torcedores nunca tinham vivido. Se a gente quiser algum dia ganhar, temos que viver essa situação mais vezes. Não é fácil, o Brasileiro tem bons times. E a briga é muito grande, com Palmeiras e Flamengo. Olha a diferença da zona de rebaixamento para o quinto, sexto colocado, e é muito pequena. Você vê o Red Bull que se salvou ano passado está na terceira ou quarta posição. O Cruzeiro acabou atrás da gente e está brigando lá em cima. O que a gente tenta é ter crescimento linear. A única maneira de ganhar experiência e não cometer erros como hoje é viver mais dias como hoje".>
Falta de gols>
"No Brasileiro temos menos gols que jogos. Isso é um problema que chama a atenção. Temos tentado trabalhar sempre a finalização. Precisa um pouco mais de calma, tranquilidade. Se não for assim, a gente vai depender sempre de manter o zero no placar. Temos que fazer mais jogos com dois, três gols. Você sempre está flertando com o risco".>
Copa Sul-Americana e embate com o Inter>
"Tem mais quatro brasileiros, com mais bons times que classificam na Sul-Americana e uma fase a mais. Não posso dizer que o Bahia é favorito. O time entra para disputar, assim como não era na Libertadores. Acho que vai ser competição tão difícil quanto a Libertadores. Inter é uma equipe de transição. Wesley e Vitinho dão velocidade ao jogo. É uma equipe um pouco mais forte que a nossa fisicamente. O embate físico chama um pouco a atenção com o Internacional".>
Sequência de jogos e planejamento para 2026>
"A gente tentou se preparar, foi para fora do país e rodou o time no Campeonato Baiano. Se acumular quarta, sábado, domingo...Não é fácil para ninguém. O problema é o pouco espaçamento entre um jogo e outro. Nós vamos fazer um treinamento na sexta-feira. Estamos vindo de dois jogos seguidos, precisando vencer o São Paulo. Estamos pedindo ajuda para a Confederação para ajudar a mudar o dia do jogo para o domingo. Tivemos algumas lesões que atrapalharam. Precisamos analisar e ver o que a gente pode e precisa. Que a gente possa crescer gradativamente. Você não vai fazer um time que vai ganhar uma competição e no outro brigar contra o rebaixamento. Não é só o jogo em si. Eles [Grupo City] querem também jogadores jovens para amadurecer e também chamar a atenção de bons jogadores".>