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Pedro Carreiro
Publicado em 27 de junho de 2025 às 17:54
A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar possíveis crimes tributários cometidos pelo Corinthians. O inquérito, instaurado no dia 30 de abril por determinação da Justiça Federal, atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que aponta indícios de sonegação de impostos por parte do clube. >
Em nota oficial, a atual gestão interina do Corinthians confirmou estar ciente do processo e afirmou que já está tomando as medidas legais cabíveis: “O departamento jurídico da gestão interina do Sport Club Corinthians Paulista informa que tem conhecimento do inquérito e que neste momento está adotando as medidas jurídicas cabíveis para o esclarecimento das dúvidas das autoridades”.>
Segundo o MPF, o clube pode ter infringido os artigos 1º e 2º da Lei nº 8.137/1990, que trata dos crimes contra a ordem tributária. O artigo 1º refere-se à prática de suprimir ou reduzir tributos, contribuições sociais ou acessórios. Já o artigo 2º trata de declarações falsas ou omissão de informações relativas à renda, bens ou fatos, além do uso de outros meios fraudulentos para evitar o pagamento de impostos. A pena prevista para esses crimes varia de seis meses a sete anos de reclusão, além de multa.>
A investigação ainda está em fase inicial, e o Ministério Público solicitou que o inquérito seja concluído em até quatro meses — prazo que pode ser prorrogado, caso necessário.>
O caso se soma a outros desafios enfrentados pelo clube no momento. Além da pressão por transparência fiscal, o Corinthians lida com pendências financeiras envolvendo o pagamento de direitos de imagem e luvas a jogadores, e ainda aguarda a definição sobre o processo de impeachment do presidente Augusto Melo, que segue em tramitação interna.>