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Pedro Carreiro
Publicado em 1 de outubro de 2025 às 18:51
O Palmeiras protocolou uma reclamação oficial junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) contra as condições do gramado da Arena Fonte Nova, em Salvador. O estádio foi palco da derrota alviverde por 1x0 diante do Bahia, no último domingo (28), e o gramado chamou atenção por estar acinzentado.
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A insatisfação do clube paulista aumentou após perder dois jogadores ainda no primeiro tempo da partida: Lucas Evangelista, que teve lesão confirmada, e Piquerez, substituído por dores, mas sem problemas graves. Além disso, na súmula da partida, o árbitro Anderson Daronco também registrou que o campo “não apresentava boas condições para a prática do futebol”.>
As críticas se intensificaram com a fala do técnico Abel Ferreira. O técnico português classificou como inadmissível que um torneio de alto nível aceite partidas em campos nessas condições. Segundo ele, a irregularidade do gramado favorece lesões e compromete a qualidade do espetáculo.>
“Estamos falando de futebol profissional. É impossível criar jogadas em um gramado assim. O pé prende, o campo é pintado, não consigo entender. As lesões vêm disso. Foi um jogo equilibrado, decidido em um lance individual, mas em condições de rachão”, reclamou Abel.>
Bahia x Palmeiras
Do outro lado, Rogério Ceni saiu em defesa da arena e rebateu o colega de profissão. Para o treinador do Bahia, o gramado teria prejudicado mais a equipe da casa, que valoriza a posse de bola, do que o Palmeiras, cujo estilo, segundo ele, aposta em ligações diretas:>
“Realmente a cor do gramado não estava boa. Mas, se for analisar, o Palmeiras depende muito menos do campo, já que joga com lançamentos longos. Nós, que saímos desde trás trocando passes, fomos mais afetados. Gostaríamos que o gramado estivesse em melhores condições, mas atrapalhou principalmente a nós”, disse Ceni.>
A discussão ganhou novo capítulo com a manifestação de Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras. Ele considerou a fala de Ceni eticamente questionável e reforçou que a crítica do Verdão busca o bem do esporte, e não justificar o resultado negativo.>
“Sempre que nos posicionamos, é para o crescimento do futebol brasileiro. Não culpamos o gramado pela derrota, até porque já havíamos levantado essa questão antes mesmo do apito inicial. O Abel comentou na entrevista pré-jogo e eu mesmo informei aos repórteres no estádio sobre a queixa formal que faríamos à CBF. Não se trata de algo ruim apenas para o Palmeiras, mas para o Bahia, para todos os clubes e para o campeonato”, destacou.>