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Estadão
Pedro Carreiro
Publicado em 8 de julho de 2025 às 19:30
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, apresentou o troféu do Mundial de Clubes na Trump Tower, em Nova York, na noite desta segunda-feira (7), ao lado de Eric Trump, filho do ex-presidente americano Donald Trump, e do ex-jogador Ronaldo Fenômeno. Durante o encontro, Infantino anunciou a abertura de um novo escritório da entidade no arranha-céu que leva o nome da família Trump, fortalecendo os laços com os Estados Unidos às vésperas da final do Mundial e da Copa do Mundo de 2026. >
Depois de passar pelas cidades de todos os 32 clubes do Mundial, a taça chegou a Nova York e ficará cinco dias exposta no átrio da Trump Tower das 10h às 17h (horário local), de terça-feira, até o sábado, véspera da final da competição, marcada para o MetLife Stadium, em East Rutherford.>
Infantino anunciou a abertura de um escritório de representação da Fifa na Trump Tower, após a inauguração dos escritórios da entidade em Miami, que abrigam a Divisão Jurídica e de Conformidade, além de colegas envolvidos na execução operacional do Mundial e da Copa do Mundo de 2026. O arranha-céu foi construído no início da década de 1980 e usado por Trump para estabelecer uma imagem pública de empreendedor de sucesso.>
"A Fifa é uma organização global e, para ser global, é preciso ser local, é preciso estar em todos os lugares, então precisamos estar em Nova York, não apenas para o Mundial e para a Copa do Mundo do ano que vem. Precisamos estar em Nova York também no que diz respeito à localização dos nossos escritórios", justificou o presidente da Fifa.>
O cartola que comanda a entidade máxima do futebol distribuiu sorrisos e agradecimentos ao presidente Trump e ao seu filho. "É fato que recebemos um grande apoio do governo e do presidente, por meio da força-tarefa da Casa Branca, para o Mundial de Clubes e para a Copa do Mundo no ano que vem", afirmou ele. "Assim como das autoridades locais em Nova York, Nova Jersey, e em todas as cidades-sede, tem sido incrível, e isso contribuiu, é claro, para tornar o Mundial um sucesso".>
Conforme Infantino, mais de 2,26 milhões de torcedores de 168 países foram aos estádios assistir às partidas da competição, que entrou nesta semana em sua reta final. Fluminense e Chelsea fazem a primeira semifinal nesta terça. Na quarta, Real Madrid e Paris Saint-Germain se enfrentam. "O torneio chegou um pouco tarde, presidente. Eu realmente gostaria de ter jogado", brincou Ronaldo, em tentativa de enaltecer a competição.>
Infantino diz que a Fifa quer "unir o mundo" e que o planeta precisa de paz "nestes tempos difíceis". Ele ignorou, porém, que a tensão se elevou durante o Mundial e causou problemas políticos à Fifa justamente por causa de Trump, do qual é aliado, depois que o governo americano atacou três instalações nucleares iranianas há duas semanas. "É muito importante mostrarmos que as pessoas podem se unir em uma atmosfera pacífica e celebrar juntas a beleza do jogo", acrescentou o cartola.>
Representando o presidente americano, Eric Trump disse estar "honrado e entusiasmados com tudo o que a Fifa está fazendo", dirigindo-se a uma plateia que incluía membros do Conselho da Fifa, o secretário-geral da Fifa, Mattias Grafström, e ex-jogadores que são embaixadores da entidade, casos, por exemplo, dos brasileiros Cafu e Gilberto Silva.>