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Millena Marques
Publicado em 6 de outubro de 2025 às 11:13
O deputado estadual Binho Galinha (PRD) gravou um vídeo negando que estava foragido antes se entregar na última quinta-feira (3). Com um terço na mão, o parlamentar negou as acusações. Ele é apontado como líder de uma organização criminosa com atuação principalmente na região de Feira de Santana, no centro norte da Bahia.>
“A mídia está toda falando que estou foragido. Eu não estou foragido. Hoje é dia 3 [de outubro] do 10 de 2025, estou indo com a minha equipe de advogados para me apresentar agora à tarde”, disse o parlamentar. O vídeo foi publicado por um aliado do parlamentar nas redes sociais. >
“Se eu fosse miliciano, fosse extorquidor, agiota, e tivesse tomando as coisas dos outros, vocês não acreditavam que eu teria essa quantidade de votos? Para um cara que saiu faltando 45 dias. Não tenho histórico com política, não tenho parente político”, disse. >
Segundo investigações das operações 'El Patrón' e 'Estado Anômico', o grupo é responsável por delitos como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas. >
Binho Galinha é suspeito de liderar milícia
O parlamentar já responde a duas ações penais, denunciado em fevereiro deste ano e em dezembro de 2023 pelo MP-BA, em decorrência da ‘Operação El Patrón’, por lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. >
Na semana passada, dez pessoas foram presas, entre elas João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, filho do deputado, e Mayana Cerqueira da Silva, sua esposa, também já denunciados pelo MP-BA. Como desdobramento da ‘El Patrón’, até o momento 15 pessoas já foram denunciadas pelo MP por envolvimento com o grupo supostamente liderado pelo deputado. >
Em nota, a defesa de Binho Galinha afrima que ele não cometeu crimes. "O parlamentar reforça que tem colaborado com as autoridades desde o início das investigações e reafirma sua confiança na Justiça, destacando que todos os fatos serão devidamente esclarecidos ao longo do processo", diz. >
"Binho Galinha também ressaltou que continuará prestando todas as informações necessárias e confia que a verdade será restabelecida, reafirmando o compromisso com o devido processo legal", completa a defesa. Na noite de sexta-feira (3), uma segunda nota, dessa vez assinada pelos advogados Gamil Foppel e Robson Oliveira da Silva, foi divulgada.>
Os advogados afirmam que a ordem de prisão contra o deputado foi proferida por autoridade judicial incompetente para julgar o caso. A defesa afirma ainda que o parlamentar não esteve foragido e que é vítima de perseguição. "Todas as medidas judiciais cabíveis serão tomadas para restabelecer a legalidade e para que os responsáveis por todos os abusos e pelas ilegalidades cometidas sejam devidamente responsabilizados", diz a nota (veja a íntegra abaixo). >