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Gilberto Barbosa
Publicado em 14 de março de 2024 às 08:30
Irmã Dulce deixou um legado de muita fé e dedicação aos mais necessitados. Entre os que a conheceram é destacado a entrega dela a religião. Tamanha dedicação se converteu em adoração dos seus devotos. Cerca de 1500 pessoas passam diariamente pelo Santuário de Santa Dulce dos Pobres para agradecer pelas graças conquistadas. >
Maria Rita Pontes, sobrinha de Santa Dulce e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) acompanhava a tia na infância. Após se formar na faculdade de jornalismo, ela se dedicou a ajudar a Osid através de reportagens em revistas e jornais do Rio de Janeiro até ser convidada para o conselho de administração das obras. Após a morte de Dulce, ela assumiu a responsabilidade de seguir com o seu legado. >
“Mesmo com a voz humilde e delicadeza, ela era muito firme nas suas decisões. Ela tem uma relação muito forte com os devotos. Pessoas do Brasil e de várias partes do mundo vem até aqui fazer suas orações e agradecer pelas bençãos e milagres”, contou. >
Uma das devotas é a aposentada Rita Bonfim, 60 anos. Ela é voluntária da Osid e esteve uma vez com Irmã Dulce. A emoção foi grande que ela não conseguiu falar com a freira. “Eu não sabia como ela conseguia segurar o hábito, de onde vinha tanta coragem e tanta força. Eu só conseguia chorar e ela ficou me acalmando”, lembrou. >
A sua relação com a santa ficou mais forte após cuidar de uma idosa que não era da família. Ela teve uma anemia profunda e ficou internada no Hospital Santo Antônio. Ela não resistiu a doença e faleceu em abril de 1992. “Eu pedi ainda no hospital que quando meus pais ficassem idosos, eu pudesse me aposentar e cuidar deles. Eu consegui a aposentadoria com 52 anos e estou cuidados dos dois há mais de sete anos”, finalizou >
A dona de casa Vera Lúcia Silva, 70 conheceu Santa Dulce enquanto passava pela região do Largo de Roma. Ela a seguiu por muitos anos e recorreu a ela para ajudar o seu filho a conseguir um emprego. >
“Eu só tenho o que agradecer a ela. Meu filho tinha acabado de completar o curso de eletromecânica e foi para o Rio de Janeiro em busca de trabalho. Eu fui ali no túmulo, me ajoelhei e pedi que ela me ajudasse porque eu não estava aguentando. Eu fiquei rezando e ela me ajudou e conseguiu um trabalho para ele”, disse.>
*Com orientação da subeditora Fernanda Varela >