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Homem é morto durante ação policial e irmã diz que foi execução: ‘Eles mesmos atiraram’

Polícia diz que rapaz atacou os PMs

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 28 de abril de 2025 às 16:34

Homem tinha dois filhos
Segundo irmã, Alex Rodrigues Dias, de 34 anos, não tinha antecedentes criminais Crédito: Reprodução/Arquivo Pessoal

Uma operação policial na Baixada do Urbis, em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, resultou na morte de Alex Rodrigues Dias, 34 anos, conhecido como Léo, neste sábado (26). Enquanto a Polícia Militar afirma que o homem era um suspeito que entrou em confronto com os militares, a família diz que ele não tinha envolvimento com o crime e que o ocorrido se trata de uma execução.

Na versão da PM, Alex fazia parte de um grupo armado que disparou contra a guarnição e fugiu para uma casa. “Um dos indivíduos entrou em uma edificação onde, após ser localizado pelos agentes, deu início a um novo confronto”, declarou a nota. Ainda segundo a corporação, após disparos, “o suspeito foi encontrado ferido e socorrido imediatamente a uma unidade hospitalar, onde não resistiu”. Com ele, foram apreendidos uma pistola, dois carregadores e munições.

Em entrevista ao CORREIO, Mileidy Conceição, 21 anos, irmã de Alex, rebateu as acusações da PM e disse que o laminador estava em casa, com o filho de dez anos, quando os policiais chegaram em um carro branco descaracterizado, como mostra um vídeo gravado por ela no momento da ação.

“Quando ele abriu o portão, eles colocaram meu irmão para dentro de casa e mandaram o filho dele sair. Eu estava na casa de uma amiga minha e vim correndo. Quando eu vinha chegando, o policial que ficou do lado de fora mandou eu me afastar me xingando com palavras absurdas”, relembrou.

Nesse momento, ela e outros familiares que estavam no local ouviram disparos. “Depois eles saíram de dentro de casa com uma pistola que disseram que acharam lá, mas não tinha nenhuma dentro da casa. E veio o [policial] que estava lá dentro, eu perguntava se meu irmão estava vivo, ele não respondia, depois veio uma viatura para fazer a retirada. Meu irmão já estava morto, mas a gente não sabia”, disse Mileidy.

Ela ainda afirma que não houve troca de tiros e que o irmão não estava armado. “Não tinha arma, eles mesmos atiraram. Eles atiraram na parede pra dizer que foi troca de tiro. Mas não teve, a gente tem testemunho de vizinhos do lado que disseram que isso não aconteceu.”

Segundo Mileidy, Alex trabalhava como laminador, mas nos últimos meses estava desempregado e se sustentava através de bicos. Ele tinha dois filhos, um de 15 anos e outro de 10, que criava sozinho. A irmã também disse que ele não tinha antecedentes criminais. O homem de 34 anos foi sepultado neste domingo (27), no cemitério Bosque da Paz, em Dias D’Ávila.

Violência policial

O caso é mais um que se enquadra na estatística de mortes resultadas por ações policiais. De acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado, do início do ano até 21 de abril, 198 pessoas morreram e 21 ficaram feridas durante 219 tiroteios envolvendo a PM em Salvador e Região Metropolitana.