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Livro 'Salvador - Grandes Obras' é lançado no MAB em evento aberto ao público

Publicação conta história do desenvolvimento de Salvador através do urbanismo e da arquitetura ao longo dos séculos

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 05:31

Fotografia do Instituto do Cacau em 1935
Fotografia do Instituto do Cacau em 1935 Crédito: Erwin Scheu/Divulgação

Os 476 anos desde a fundação de Salvador carregam histórias que podem ser contadas sob diferentes óticas, como através da arquitetura e do urbanismo. Nesta quarta-feira (12), a primeira capital do Brasil contará com o lançamento do livro Salvador - Grandes Obras (Editora Caramurê | R$ 190), a partir das 17h, no Museu de Arte da Bahia (MAB). O evento é aberto ao público e conta com uma roda de conversa com os responsáveis pela obra, além da participação do violinista Mário Ulloa.

Escrita pelo arquiteto e urbanista Francisco Senna e pela jornalista e doutora em antropologia Cleidiana Ramos, a obra também celebra o aniversário de 50 anos da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi). De acordo com a comunicadora, o mais importante de entender a história dessas construções é refletir sobre o lado humano envolvido no espaço urbano.

O que é muito bacana no livro é ele ser sobre grandes obras dessa cidade, mas que dá dimensão ao humano, fazendo você pensar em gente. Porque não adianta fazer um imóvel sem pensar em como isso vai impactar a vida das pessoas

Cleidiana Ramos

Jornalista e doutora em antropologia

Principalmente nos capítulos escritos por ela, a formação étnico-cultural de Salvador ganha protagonismo. A obra mostra que a constituição da sociedade soteropolitana ao longo de seus mais de 400 anos influenciou diretamente em características marcantes da cidade, como o predomínio de uma população majoritariamente negra.

O livro é resultado de uma pesquisa sobre o desenvolvimento da capital baiana, mostrando como os moradores influenciaram e foram influenciados pela cidade. Além da abrangência histórica do texto, a obra também conta com uma rica iconografia, contendo imagens de acervos de Salvador, França, Inglaterra, Portugal, Países Baixos e de colecionadores particulares, além de fotografias de Voltaire Fraga, Lázaro Torres, Agliberto Lima, Valéria Simões e outros.

Os contrastes

A publicação também trabalha as antíteses que são construídas na história da arquitetura e do urbanismo na cidade. A relação entre antigo e novo, além de clássico e moderno, são pensadas para entender como as mudanças em aspectos visuais, políticos e econômicos foram enfrentadas. O crescimento populacional e a migração do centro antigo em direção ao litoral norte são desafios que foram incluídos na narrativa para relembrar o passado e vislumbrar novos cenários.

A capital baiana possui o Centro Histórico como patrimônio cultural da humanidade e uma série de bairros com características próprias. Na visão de Francisco Senna, essa complexidade é superada porque “a cidade é dinâmica e extremamente plural”. Para o autor, a riqueza de Salvador está justamente na pluralidade.

Responsável pela organização da publicação, o editor Fernando Oberlaender reforça a característica de renovação da capital baiana. “Esse é um livro que fala de uma cidade que está sempre em movimento, desde sua fundação, em função da topografia acidentada, e por conta da força da cultura de sua gente”, explica.

Em suas 300 páginas, a obra aborda desde o início, no período colonial, até questões mais atuais, como o deslocamento urbano de Salvador. Além dos temas citados, o livro também desenvolve a história da cidade através dos tempos de Brasil como Império e dos primeiros anos de República, além de contar e explicar as influências dos movimentos arquitetônicos na cidade, passando pelo barroco, rococó e chegando na arquitetura moderna e pós-moderna.