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'Reuniões particulares': como era o contato de ex-diretora do presídio de Eunápolis com líderes de facção

Joneuma Silva Neres foi acusada de facilitar fuga de 16 detentos

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 27 de janeiro de 2025 às 11:00

Joneuma Silva Neres
Joneuma Silva Neres Crédito: Divulgação

A manutenção da prisão da ex-diretora acusada de facilitar fuga em presídio de Eunápolis em audiência de custódia, mesmo após a defesa alegar gravidez e pedir liberação, se deu por conta de ‘fortes indícios’ de relação dela com a facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). De acordo com o juiz, que avaliou a acusação feita pela polícia contra Joneuma Silva Neres, que permaneceu na direção da unidade por nove meses, a acusada teria cometido crimes na coordenação do presídio que levantaram a suspeita de alinhamento com facção dos 16 fugitivos.

“As investigações apontam diversas irregularidades no Conjunto Penal, após a direção assumida pela investigada, tais como contato direto e reuniões particulares com detentos chefes de facções criminosas, concessão de certos benefícios e autorização de entrada no presídio sem a devida revista pessoal para algumas pessoas, dentre elas a esposa do atual líder da facção criminosa conhecida como PCE”, escreveu o juiz do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que recebeu o caso.

Trecho de decisão aponta contato direto e reuniões particulares do PCE com Joneuma Crédito: Reprodução

O líder citado pelo juiz é Ednaldo Pereira Souza, o Dadá, que chefia a facção do PCE. Inclusive, na ação armada que liberou os fugitivos, os criminosos invadiram o presídio e seguiram direto para a cela onde estava a liderança. Ainda de acordo com a decisão que manteve Joneuma presa, através de depoimento de testemunhas, a polícia entregou fatos que apontam a ligação da acusada com a facção, o que foi determinante para a manutenção da prisão para impedir interferência.

“Se mostra necessária a prisão cautelar por conveniência da instrução criminal, dada a possibilidade de interferência da investigada na conclusão das investigações, assim como sua liberdade representa intimidação às testemunhas, eis que contatou uma funcionária do presídio, após o seu afastamento da direção, pedindo documentos, os quais fora negado por ordem do diretor interventor”, completa o juiz.

Juiz considerou possibilidade interferência para manter prisão de Joneuma Crédito: Reprodução

Em nota sobre as acusações, a família de Joneuma reforçou a integridade da ex-diretora e repudiou o que entendem como “acusações infundadas”. Ela foi a primeira mulher a comandar um presídio masculino na Bahia. A ex-diretora iniciou a sua trajetória em administração penal em 2016, quando foi aprovada como policial penal no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF), onde está presa hoje.

Ela exerceu o cargo até a sua nomeação como diretora do presídio de Eunápolis, que é administrado por uma empresa terceirizada, a Reviver Administração Prisional Privada LTDA.