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Salvador vibra com volta do Fantasmão: show no Parque da Cidade celebra 20 anos da banda

Apresentação gratuita deste domingo (19) marcou o retorno de Edcity aos vocais da banda em Salvador

  • Foto do(a) author(a) Maria Raquel Brito
  • Maria Raquel Brito

Publicado em 19 de outubro de 2025 às 16:21

Fantasmão reuniu multidão no Parque da Cidade
Fantasmão reuniu multidão no Parque da Cidade Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Se fantasmas existem, Salvador não tem medo. Na manhã deste domingo (19), fãs e admiradores da Banda Fantasmão se reuniram no Parque da Cidade para prestigiar o retorno do grupo à capital baiana, num show gratuito que encheu as arquibancadas do anfiteatro Dorival Caymmi.

O tempo instável não desanimou o público, que chegou cedo para ver a formação original do grupo voltar aos palcos, comandada pelo vocalista Edcity. Ainda bem: foi só o cantor entrar e cantar os primeiros versos de “É Pra Descer Quebrando” que o sol deu as caras.

Mesmo que chovesse, Jordson Souza não iria a lugar nenhum. Fã do Fantasmão desde o início da banda, o fiscal de 38 anos estava na expectativa do show na Praça da Cruz Caída, remarcado por risco de superlotação. Hoje, chegou ao Parque da Cidade com duas horas de antecedência para garantir um bom lugar.

“Tive que guardar a energia quando o show foi adiado. Essa semana foi só a contagem regressiva, eu só falava no Fantasmão. Pode cair a chuva que for, nada vai impedir esse show hoje”, disse ele, que, ao longo dos anos, repassou o amor pela banda para a esposa Giovana e a filha Letícia, de 18 anos. 

Show de retorno do Fantasmão em Salvador por Arisson Marinho/CORREIO

Os três, assim como muitos outros admiradores que marcaram presença no show, tinham os rostos pintados de branco em homenagem ao estilo adotado pelo grupo desde 2006. Foi com a pintura branca e mortalhas, fazendo referência ao nome da banda, que o Fantasmão começou a revolucionar o pagodão baiano. Mas, isso foi só uma parte. O que conquistou mesmo os fãs foi a disposição deles em amplificar as pautas das comunidades de Salvador, das mazelas à potência do povo.

Para Edcity, esse foi o diferencial do Fantasmão desde o início. “O Fantasmão marcou a minha vida e uma geração inteira, foi um marco na música da Bahia, um divisor de águas. Porque até então o pagode só era usado para diversão e a gente conseguiu inserir letras de cunho social, que abordam temas sensíveis, para empoderar o nosso povo, falar das nossas mazelas e protestar. Poder celebrar esses 20 anos é incrível”, afirmou o vocalista ao CORREIO, antes do show.

Prestes a subir no palco do anfiteatro, Edcity sentia o coração bater mais forte e um frio tomar conta na barriga. A ansiedade era mais que positiva. Vestido com a mortalha clássica do grupo e com o rosto também pintado de branco, mal via a hora de olhar nos olhos dos fãs.

“Se não fosse por eles, esse momento não aconteceria. Porque eles pediram de forma contundente esse retorno, essa turnê, e isso é um presente para essas pessoas. É a realização do sonho de todos os fãs de verdade”, afirmou.

Milena Mascarenhas, de 27 anos, é uma dessas pessoas. Integrante do fã-clube "A cidade é nossa" desde 2012, ela veio de Feira de Santana só para assistir à apresentação. “Abri mão do aniversário do meu irmão e estou aqui por Edcity”, exclamou. "A gente está aqui para representar e apoiar nosso cantor, porque é uma volta histórica. Esse show aqui faz muito sentido pra gente, porque Edcity não só é música, é sentimento. É sobre liberdade e a história do preto."

A mensagem principal do Fantasmão se fez presente desde o início do show. “Não somos ladrões, somos cidadãos de bem e merecemos respeito”, vociferou Edcity, antes de cantar a “Conceito”, acompanhado de centenas de punhos cerrados e vozes que ecoavam a letra da música.

O cozinheiro Robson, de 42 anos, aproveitou o domingo de folga para apresentar a música do grupo ao filho Moisés, de seis anos, que já estava a caráter: com a tinta branca tomando metade do rosto. “Eu me identifico com as músicas do Fantasmão, não podia perder a oportunidade de curtir a volta deles com meu filho. E eu moro no Nordeste [de Amaralina], pertinho do Parque, então é melhor ainda”, contou.

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Show Parque da Cidade Edcity