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Gil Santos
Publicado em 23 de agosto de 2024 às 06:45
Um cálculo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (22), revelou que a Bahia está caminhando para ser o 2º estado do Brasil com mais idosos proporcionais, atrás apenas do Distrito Federal. O feito deve ser alcançado em 2070, mas a médica geriatra e responsável técnica do Centro Geriátrico das Obras Sociais Irmã Dulce, Manuela Magalhães, lembra que envelhecer é um processo que já está em curso para todas as pessoas e que é preciso saber chegar lá com sabedoria. >
"Se a gente pensa no envelhecimento como um processo, a gente tem que lembrar que tudo que a gente faz vai refletir nesse processo. É preciso manter atualizado o calendário vacinal da criança, do adulto e do idoso para todas as doenças necessárias, a alimentação precisa ser saudável, rica em frutas e verduras, e ter boa hidratação. Fazer atividade física regular, ter boa qualidade do sono, não fumar e beber com moderação. Não é só alimentação, ou só atividade física ou só não fumar, é o conjunto dessas ações”, explicou. >
A geriatra frisou que os cuidados começam já durante a gestação, quando a mãe consome alimentos saudáveis e toma as vacinas necessárias para reforçar a imunidade e proteger o bebê. A médica explicou que adoção de bons hábitos cria uma reserva que protege o corpo contra doenças e outras adversidades, e listou algumas das patologias mais comuns que afligem a população idosa.>
“As patologias mais permanentes ainda são as cardiovasculares, como hipertensão, as doenças osteoarticulares, tipo artrose de joelho e de quadril, e o diabetes. Além disso, as consequências do colesterol alto, como infarto e AVC. Tem também as doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, e a osteoporose. É preciso ter atenção com a saúde dos olhos e com a audição”, disse.>
Ela também citou a necessidade de cuidar bem da higiene bucal, porque a perda de dentes interfere no processo da mastigação e pode provocar uma série de problemas. A médica frisou que o cuidado com o idoso é uma responsabilidade social, governamental e individual, disse que a sociedade precisa aprender a respeitar o idoso como pessoa e como profissional, já que muitos continuam trabalhando, seja por prazer, seja por necessidade, e lembrou que é importante que eles se mantenham ativos. >
A geriatra afirmou também que o contexto em que as pessoas vivem interfere diretamente na qualidade de vida. “Um meio ambiente onde tem violência e você tem medo de sair na rua para fazer atividade física, ou que não tem um mercado perto que ofereça melhores condições de alimentação, isso é ruim. A gente tem que pensar no contexto do envelhecimento com individual, social e de políticas públicas”, concluiu. >
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