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Tancredo Neves Feliciano de Arruda foi preso em flagrante no domingo (11)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2024 às 13:35
Tancredo Neves Feliciano de Arruda, principal suspeito de matar a delegada Patrícia Neves Jackes Aires, em São Sebastião do Passé, tem uma série de passagens pela polícia em seu histórico. Além de ter sido preso por agressões contra a vítima anteriormente, Tancredo Neves foi indiciado pela Polícia Civil por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.
Uma investigação foi iniciada em 2022 pela Delegacia Territorial de Euclides da Cunha, e a polícia concluiu que Tancredo Neves não tinha competência para exercer a medicina em território brasileiro. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). Ele deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (12).
O órgão foi questionado sobre o andamento do processo, mas não retornou até a publicação desta matéria. A pena prevista para o exercício ilegal da medicina é detenção de 6 meses a 2 anos.
"Ele se formou em outro país e não passou pelo Revalida. Então, não poderia exercer a profissão de medicina no Brasil", lembrou a delegada Rogéria Araújo, coordenadora do Departamento de Polícia do Interior (Depin).
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) informou que não há nenhum médico registrado com o nome do indivíduo suspeito de envolvimento no assassinato da delegada Patrícia Neves Jackes Aires.
Suspeito de matar a delegada Patrícia Neves Jackes Aires, o companheiro dela, preso em flagrante no domingo (11), já tinha sido detido por agressão a ela em Santo Antônio de Jesus, onde a vítima trabalhava e residia. Em maio deste ano, Tancredo Neves Feliciano de Arruda foi levado à delegacia com base na Lei Maria da Penha, depois de ter quebrado um dos dedos da esposa.
A Justiça decretou uma medida protetiva em defesa da vítima, mas o casal se reconciliou e Tancredo Neves foi solto.
Relembre o caso
Tancredo Neves Feliciano de Arruda foi autuado em flagrante por feminicídio, após o corpo da delegada Patrícia Neves Jackes Aires ser encontrado no banco do carona do seu veículo, em uma área de mata, no município de São Sebastião do Passé. Fontes ligadas à polícia disseram que havia diversas contradições no depoimento dele.
A Polícia Civil da Bahia disse que lamenta "profundamente a morte da servidora, que estava lotada no plantão da Delegacia Territorial de Santo Antônio de Jesus, e informa que está empenhada com todos os seus departamentos para esclarecer plenamente as circunstâncias do caso e realizar todas as providências de polícia judiciária cabíveis".