Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Maysa Polcri
Publicado em 3 de agosto de 2025 às 09:17
A travessia marítima entre Salvador e Mar Grande continua suspensa neste domingo (3) por conta das condições adversas de navegação na Baía de Todos-os-Santos. Apesar do tempo aberto na capital, a medida segue recomendação da Marinha do Brasil, que emitiu alerta para as condições de navegação. A informação foi confirmada pela Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab). >
A suspensão, iniciada às 5h40 da última sexta-feira (1º), se deve à instabilidade do tempo, que impossibilita a operação segura das embarcações entre a capital baiana e Mar Grande, na Ilha de Itaparica. As escunas que realizam passeios turísticos pelas ilhas também estão com as operações paralisadas.>
Já a travessia Salvador-Morro de São Paulo opera neste domingo (3) de forma adaptada, com conexão terrestre em Itaparica. Devido às condições do mar, os catamarãs não realizam o trajeto direto. Em Itaparica, os passageiros seguem de ônibus, fornecido pelos operadores, até o Terminal de Ponta do Curral, em Valença, onde embarcam em lanchas para o trecho final até o Morro de São Paulo.>
Com a conexão, o tempo total de viagem é de aproximadamente 3h20 – cerca de uma hora a mais do que o trajeto direto de catamarã. As partidas de Salvador ocorrem às 9h e 10h30, e os retornos do Morro de São Paulo são às 11h30 e 14h.>
Salvador amanheceu no final de semana sem as chuvas intensas que estavam previstas. A ausência de precipitações, apesar dos alertas anteriores, pegou moradores e até os próprios meteorologistas de surpresa.>
A explicação veio do Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador (Cemadec), na sexta-feira (1º): um sistema de alta pressão se formou sobre o continente e acabou desviando as nuvens mais carregadas para o oceano. Ou seja, a frente fria passou, mas sem molhar como o esperado. >
“Esperávamos um volume maior de precipitações, mas as condições atmosféricas mudaram rapidamente”, explicou Alana Matos, coordenadora do Cemadec. Ela destacou que o centro de alta pressão foi responsável por afastar as instabilidades. Um complicador adicional, segundo Matos, foi o radar meteorológico da cidade, que está fora de operação, dificultando a confirmação antecipada dessas mudanças.>