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Veja quem foi Maria Odília, a primeira médica negra que ganhou memorial em Salvador

A Escola de Saúde Pública de Salvador foi inaugurada nesta sexta-feira (15)

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 20:42

Memorial Maria Odília, em homenagem à primeira médica negra, fica no bairro do Comércio
Memorial Maria Odília, em homenagem à primeira médica negra, fica no bairro do Comércio Crédito: Divulgação

Inaugurada nesta sexta-feira (15), a Escola de Saúde Pública de Salvador (ESPS) possui uma ala inteira em homenagem a Maria Odília Teixeira, a primeira médica negra do Brasil. A exposição permanente conta a história da baiana, de origem humilde, que também foi a primeira professora negra da Faculdade de Medicina da Bahia.

Netos e bisnetos da médica estiveram na ESPS, localizada na Rua Miguel Calmon, no Comércio, para receberem a homenagem em nome da família.

Nascida em São Félix do Paraguaçu em 1884 e falecida em Salvador no ano de 1970, Maria Odília Teixeira é homenageada a partir de um equipamento cultural em formato de árvore, como símbolo de ancestralidade, o visitante é convidado a conhecer e interagir com os fatos pertinentes à trajetória da médica. Ela também foi a primeira mulher a ser diplomada em medicina no Século XX.

A inspiração de sua carreira médica veio do pai, José Teixeira. Com ajuda de Tertuliano Teixeira, um de seus irmãos, ela conseguiu se formar em 15 de dezembro de 1909, se tornando a primeira mulher a ser diplomada em disciplina em medicina no Século XX. Cinco anos depois, ela estava lecionando Clínica Obstétrica na Faculdade de Medicina.

Telas foram dispostas ao redor da árvore, junto com ilustrações que representam diversas fases da vida de Maria Odília, com o objetivo de fortalecer vínculos com as lutas atuais.

Neto de Maria Odília, o médico André Lavigne lembrou o período em que morou com a avó na infância, no bairro do Barbalho, onde ela, com a idade já bastante avançada, atendia de graça a quem a procurava.

“Ela parou de trabalhar para cuidar da família. Dizia que casou com um homem de posses, que Deus foi muito bom, e ela tinha que retribuir atendendo os pobres de graça. Era uma pessoa simples. Vim saber há uns 15 anos que ela foi a primeira médica negra do Brasil. Era um doce, não se gabava de ser médica. Foi um exemplo para todos nós. Estimulou meu pai a fazer Medicina e ele nos ensinou também a fazer essa profissão por amor, sem olhar quem tem ou não tem”, relatou, durante a solenidade.

Visitação

As visitas guiadas no Memorial Maria Odília começam no dia 3 de janeiro de 2024, gratuitamente, mas mediante agendamento. Os três primeiros dias esgotaram em menos de 24h

O equipamento funcionará de terça a sexta, das 10h às 17h. Para realizar o agendamento basta acessar o site da Escola de Saúde Pública de Salvador (https://esps.saude.salvador.ba.gov.br/), na aba Memorial Maria Odília e escolher a melhor data.

Primeira médica negra do Brasil, Maria Odília ganha memorial em Salvador por Betto Júnior