Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

A 'árvore do suicídio': o perigo real por trás do fruto pong-pong de 'The White Lotus'

Fruto tropical usado como veneno na série tem história macabra e efeitos letais comprovados pela ciência

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 8 de abril de 2025 às 09:48

Tim Ratliff olhando para o pong-pong
Tim Ratliff olhando para o pong-pong Crédito: HBO

O dramático final da temporada de "The White Lotus" trouxe à tona os perigos do fruto pong-pong, uma planta real cuja toxidade inspirou uma das cenas mais chocantes da série. Na trama, o personagem Timothy Ratliff (Jason Isaacs) planeja envenenar a família usando sementes dessa árvore, conhecida como "árvore do suicídio" em regiões tropicais.

O pong-pong (Cerbera odollam) é nativo do Sudeste Asiático, ilhas do Pacífico e partes da Austrália, segundo o Jardim Botânico Tropical Nacional do Havaí. Seu fruto, que varia de 5 a 10 cm, muda do verde para o vermelho quando maduro. "O cardiotóxico está concentrado no caroço, como um caroço de pêssego", explicou ao NYT a Ty Matejowsky, antropólogo da Universidade da Flórida Central.

A toxina cerberina, presente nas sementes, ataca diretamente o coração, podendo ser fatal mesmo em pequenas doses. Dependendo da pessoa, uma única semente pode ser suficiente. Os primeiros sintomas incluem vômitos e queda da frequência cardíaca.

Historicamente, o pong-pong foi usado em rituais de julgamento em Madagascar até o século XX, onde acusados de bruxaria ingeriam o fruto - a sobrevivência era vista como prova de inocência. "Transferia-se a responsabilidade do julgamento para o sobrenatural", contextualiza Matejowsky.

Quanto à cena com o personagem Lochlan, que sobrevive na série, outra pesquisadora, Mary Wermuth, é cética: "Sintomas em minutos são improváveis, mas na televisão tudo é possível". Na vida real, o antídoto digoxina está disponível em hospitais para casos de envenenamento.