Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carol Neves
Publicado em 21 de novembro de 2025 às 07:36
A mexicana Fátima Bosch, de 25 anos, foi coroada Miss Universo 2025 na noite desta quinta-feira (20), na Tailândia, emocionando-se ao subir ao pódio. Sua vitória marcou a quarta conquista do México na história do concurso, depois de Lupita Jones Garay (1991), Ximena Navarrete Rosette (2010) e Andrea Meza (2020). >
O segundo lugar ficou com a Miss Tailândia, Veena Praveenar Singh, e o terceiro, com a Miss Venezuela, Stephany Abasali. Fecharam o Top 5 a Miss Filipinas, Ahtisa Manalo, e a Miss Costa do Marfim, Olivia Yacé. Ao todo, 121 candidatas de cinco continentes disputaram a coroa, anteriormente pertencente à dinamarquesa Victoria Kjaer Theilvig, Miss Universo 2024.>
Durante a final, Fátima Bosch destacou seu compromisso com o empoderamento feminino ao responder como utilizaria a coroa: "Como Miss Universo, vou dizer a elas: 'acredite no poder de sua autenticidade, acredite em si mesma, [porque] os seus sonhos [são] importantes, o seu coração importa. E nunca deixe ninguém duvidar do seu valor, porque você vale tudo e você tem poder e sua voz precisa ser ouvida'. Muito obrigada". Ela também reforçou sua missão de inspirar mudanças: "Como mulher e como Miss Universo eu vou colocar minha voz e o poder para atender o próximo, porque hoje estamos aqui para fazer, trazer mudança, fazer tudo melhor. Porque somos mulheres, aquelas que podem estar de pé e que vão fazer história".>
Miss Universo 2025
A vitória de Fátima também teve um contexto de superação: no início do certame, ela foi alvo de insultos públicos pelo coordenador do Miss Universo Tailândia, Nawat Itsaragrisil. Ele posteriormente pediu desculpas. O presidente do Miss Universo, Raúl Rocha, empresário mexicano que detém parte dos direitos do concurso, divulgou vídeo de apoio a Fátima, mostrando "indignação e repúdio a Nawat pelas agressões que fez publicamente à Fátima".>
A brasileira Maria Gabriela Lacerda, de 24 anos, entrou no Top 30, quebrando uma sequência de não-classificações desde 2021, mas não avançou além. Em seu Instagram, ainda durante a competição, agradeceu: "Obrigada meu Brasil! A vontade de Deus é soberana". Ela também publicou sobre sua fé: "O Sagrado Coração de Jesus guia meus dias, acalma meus medos e ilumina meu destino. Nessa jornada, nunca estive só".>
O Top 12 de semifinalistas reuniu Chile, Colômbia, Cuba, Guadalupe, México, Porto Rico, Venezuela, China, Filipinas, Tailândia, Malta e Costa do Marfim. Elas desfilaram de vestidos de gala, etapa que ajudou a definir as cinco finalistas. Antes disso, foram anunciadas as 15 primeiras classificadas no Top 30: Índia, Guadalupe, China, Tailândia, República Dominicana, Brasil, Ruanda, Costa do Marfim, Colômbia, Holanda, Cuba, Bangladesh, Japão, Porto Rico e EUA. No terceiro bloco, completaram o Top 30: México, Filipinas, Zimbábue, Costa Rica, Malta, Chile, Canadá, Letônia, Croácia, Venezuela, Guatemala, Palestina, Nicarágua, França e Paraguai (escolhida pelo público).>
O desfile de traje de banho, realizado em ordem alfabética, foi decisivo para a definição das 12 semifinalistas. Esta edição contou com candidatas de perfis mais diversos do que nunca: mulheres trans, casadas ou divorciadas, e sem limite de idade. Entre elas, a Miss Vietnã, Huong Giang Nguyen, 33, única transgênero desta edição; as mais experientes foram a Miss Boinaire, Nicole Peiliker, 42, e a Miss Ruanda, Alena Kucheruk, 42 - apenas a ruandesa chegou ao Top 30. Pela primeira vez, a Palestina foi representada por Nadeen Ayoub, 30, que se classificou no Top 30 e destacou: "Carrego a voz de um povo que se recusa a ser silenciado. Represento todas as mulheres e crianças palestinas cuja força o mundo precisa ver".>
Após o anúncio do Top 12, Raúl Rocha confirmou que Porto Rico sediará o 75º Miss Universo em 2026, país que já recebeu a competição em 2001.>