Artista cria esculturas que cabem no buraco de uma agulha

A mensagem do artista também visa promover a conversação do planeta

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Publicado em 19 de abril de 2024 às 21:05

Esculturas do artista britânico Willard Wigan
Esculturas do artista britânico Willard Wigan Crédito: Divulgação/ Willard Wigan

Arte no buraco de uma agulha. É assim como se apresenta os trabalhos do artista britânico Willard Wigan, 67, que cria pequenas obras-primas com destaque mundial. Para fazer as esculturas, o artista utiliza agulhas de acupuntura afiadas e lascas de diamante quebradas em fragmentos microscópicos. Além disso, a pintura das esculturas é feita com apenas um cílio.

As esculturas já feitas incluem uma representação da “Última Ceia”, os personagens fictícios Pinóquio e Robin Hood, esculturas de William Shakespeare e Albert Einstein, entre outros.

O trabalho meticuloso ainda exige do artista uma alimentação saudável e um corpo em forma e hidratado, pois segundo Willard, cada uma das batidas do coração faz os dedos se moverem, e um erro pode demorar para ser corrigido. Willard já chegou a trabalhar 16 horas por dia, esculpindo quatro ou cinco esculturas ao mesmo tempo.

“Na verdade, não gosto de fazê-los. Só gosto quando os termino porque eles me estressam. Mas uma vez que eles são feitos, a glória é quando outras pessoas veem. Quando você vê pessoas com descrença no rosto, sem conseguir explicar o que estão vendo, isso me dá muito prazer”, disse o artista em entrevista a CNN.

Mas por que esculturas tão pequenas?

A mensagem do artista também visa promover a conversação do planeta. Segundo o empresário de Willard, John Bowden, “são as pequenas coisas que todos podemos fazer, que se as fizermos juntos, obteremos grandes mudanças”.

“Usei meu trabalho como uma voz que fala por mim e pelo mundo e também pelo planeta”, acrescenta Willard.

O artista que foi subestimado e desprezado pelo professor, que disse que não conseguiria nada, já teve uma de suas obras presentada a rainha Elizabeth II e seu nome nos livros dos recordes por esculpir um embrião humano no buraco de agulha.

Uma exposição com 20 esculturas do artista também acontece até outubro deste ano no Wollaton Hall, na cidade de Nottingham, norte da Inglaterra.

“Gostaríamos que as pessoas viessem ver a exposição e levassem uma mensagem, entendendo que as menores coisas da vida podem ter o maior impacto", afirmou o empresário.