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Yan Inácio
Publicado em 24 de junho de 2025 às 14:41
Encontrada morta nesta terça-feira (24), a brasileira Juliana Marins foi a sétima pessoa a morrer durante trilhas na região do monte Rinjani, que está localizado no Parque Nacional da Indonésia, desde 2021. Nos últimos cinco anos, trilheiros portugueses, malaios e indonésios se envolveram em acidentes fatais na área. >
De acordo com a BBC, em dezembro de 2021, um montanhista de 26 anos, natural de Surabaya, na Indonésia, morreu após derrapar de um desfiladeiro de 100 metros. Já em agosto de 2022, um alpinista português de 37 anos morreu ao cair de um penhasco no cume. Ele caiu enquanto tirava uma selfie na beira do abismo.>
Em junho de 2024, uma turista suíça morreu após cair na trilha do Bukit Anak Dara, em um distrito próximo. A queda aconteceu após ela se arriscar em uma trilha ilegal. Em setembro do mesmo ano, um escalador de Jacarta, capital da Indonésia, desapareceu após supostamente cair em um desfiladeiro na área do Rinjani. O corpo foi localizado por um drone com câmera térmica, a centenas de metros de profundidade, e resgatado uma semana depois.>
Neste ano, um montanhista da Malásia de 57 anos morreu ao cair durante a descida do Rinjani pela rota de Torean. Ele despencou em um desfiladeiro com cerca de 80 a 100 metros de profundidade, na trilha de Banyu Urip, no momento em que grupo retornava do cume.>
Segundo a comunidade local, o Rinjani é recomendado apenas para trilheiros experientes, por conta do terreno hostil e clima imprevisível, com trilhas íngremes, trechos estreitos, além de regiões com solo arenoso que podem causar quedas. O Monte Rinjani tem 3.726 metros de altitude e é o segundo vulcão mais alto do país. O percurso da trilha pode durar de dois a quatro dias.>
De acordo com dados divulgados em março deste ano pelo governo da Indonésia, oito pessoas morreram e 180 ficaram feridas em acidentes no Parque Nacional da Indonésia nos últimos cinco anos. A área de conservação tem recebido mais visitas depois da pandemia.>
Um parecer foi emitido pelas autoridades indonésias para a necessidade de criação de um “Procedimento Operacional Padrão (POP)” para busca, resgate e evacuação na unidade de conservação. O documento cobra a criação de protocolos de segurança para turistas, empresários do setor, além da criação de equipes de resgate, para reduzir os riscos de acidente entre os visitantes.>
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada sem vida no quarto dia após cair da trilha de um vulcão na Indonésia. A informação foi confirmada pela família da jovem pelas redes sociais nesta terça (24). Juliana aguardava resgate desde o dia que caiu, no sábado (sexta no Brasil). Ela chegou a ser registrada com vida por imagens feitas com drones, ainda no primeiro dia.>
O comunicado oficial foi divulgado na página que a família criou para informar sobre o resgate de Juliana. "Hoje a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido", diz o texto. >
O pai da jovem embarcou hoje pela manhã a caminho da Indonésia para acompanhar o caso. "Estamos embarcando agora para Bali, prestes a entrar no avião. São praticamente 10 horas de voo daqui até lá. Quero pedir que vocês sigam orando pelo resgate da Juliana, que ela esteja bem e possa voltar conosco para o Brasil. Sã e salva. Obrigada por tudo", disse mais cedo Manoel Marins Filho, que estava saindo de Lisboa, em Portugal.>