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Flavia Azevedo
Publicado em 14 de outubro de 2025 às 20:19
A separação do continente africano já é conhecida há décadas, mas um novo estudo revela que o processo pode ser mais complexo - e mais fascinante - do que se pensava. Pesquisadores identificaram que "pulsos rítmicos" de rocha derretida controlam a abertura do solo na região de Afar, no nordeste da Etiópia, onde o continente está lentamente se partindo. >
De acordo com o grupo internacional de cientistas, o calor vindo das profundezas da Terra está empurrando gradualmente as placas tectônicas e esticando o terreno do leste africano em movimentos regulares. O estudo, publicado na revista científica Nature Geoscience, mostra que esse fluxo de material quente, conhecido como manto, não é contínuo, mas ocorre em intervalos cíclicos, "comparáveis a batimentos de um coração geológico" na região.>
Terra está em constante mutação
A área de Afar é um ponto de encontro de três grandes fendas da crosta terrestre: o Rifte da África Oriental, o Rifte do Mar Vermelho e o Rifte do Golfo de Áden. Ali, as placas tectônicas se afastam de forma lenta e constante. Os cientistas já sabiam que o manto da região vinha pressionando a crosta terrestre e provocando a expansão do solo, mas ainda não compreendiam exatamente como o fenômeno acontecia.>
O fenônemo vem criando rachaduras de vários quilômetros de extensão e novas fissuras surgem a cada ano. Para os cientistas, esses movimentos podem, ao longo de milhões de anos, dar origem a um novo oceano e redesenhar o mapa da África.>
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Por Flavia Azevedo, com agências>