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Rede Nordeste, O Povo
Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 16:46
A história de Tyler Chase, que mais se parece com coisa de filme, estampou a capa de diversos noticiários estadunidenses na última semana. O jovem, de 22 anos, foi dado como morto, e as cinzas chegaram a ser entregues à família dele. A questão é que ele não havia falecido, tinha sido confundido com uma outra pessoa. As informações são do The New York Times.>
Tyler tinha se afastado da família. Desde a adolescência ele lutava contra o vício em metanfetamina. Após a morte da mãe, em 2020, o vício se agravou e ele contou que acabou começando a cometer crimes. Em janeiro de 2023, ele foi preso. “Minha vida era uma bagunça”, lembrou na entrevista.>
Após passar um tempo na prisão, ele procurou um programa de moradia temporária em Portland, no estado de Oregon, para tratar dos vícios. No local, ele conseguiu voltar a ficar sóbrio.>
Os primeiros indícios de que ele estaria ‘morto’ aconteceu em uma loja de conveniência. Ele teve uma compra negada no cartão de benefícios. Mas, a ficha só caiu quando ele começou a tentar recuperar os documentos para arranjar um emprego. “Obviamente, você não consegue se candidatar quando você está morto.”>
Intrigado pela situação, um policial do Departamento de Polícia de Portland apareceu na moradia temporária em que Tyler estava vivendo para o questionar sobre a razão de procurar pelos documentos de um homem morto.>
O policial tinha uma foto dele em mão e ficou incrédulo ao ver que eram a mesma pessoa. “Eu estava pensando: bom, eu te disse. Nunca nos 20 anos em que eu servi, eu lidei com uma situação dessa”, informou o policial.>
Na noite seguinte, o principal investigador do Escritório do Examinador Médico do Condado de Multnomah visitou Tyler para explicar o erro. Ele tinha sido confundido com outro morador do centro de recuperação que tinha morrido, vítima de uma overdose de Fentanil. O homem estava com a carteira de Tyler, possivelmente roubada.>
As cinzas desse homem foram entregues à família de Tyler que, de fato, acreditava que ele estivesse morto. “A última coisa que eu tinha escutado sobre ele é que tinha morrido de overdose”, disse uma tia.>
Os familiares foram os responsáveis pela cremação. Após receberem a notícia da morte, arrecadaram $1,000 para o procedimento. “Eu tinha as cinzas do filho de outra pessoa em casa. Eles [a outra família] nem sabiam que o amado deles morreu. Isso é o que mais me entristece na situação. Eles só o trataram como se fosse qualquer outro.”>