Papa Francisco tomou decisão polêmica sobre casais LGBTQIAP+ no Vaticano; relembre

A relação entre o público LGBTIAP+ e a igreja sempre causou desavenças e até hoje é um tabu, mas isso não impediu que o Papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira (21) por problemas de saúde, tomasse decisões que contrariassem cardeais conservadores para aproximar casais do mesmo sexo à Igreja Católica.

Dentre suas medidas em defesa dos gays, o pontífice deu aval para uma decisão que ainda gera polêmica: a bênção a casais homoafetivos.

Em 2023 o Vaticano passou a permitir que os padres conduzissem bençãos a casais do mesmo sexo. A cerimônia, inclusive, pode ser realizada dentro da igreja, no entanto, o ofício dispõe que padres católicos romanos não são obrigados a realizar a ação e podem se recusar sem apresentar qualquer justificativa.

Ao mesmo tempo, o documento deixa claro que os padres estão proibidos de impedir a entrada "de pessoas em qualquer situação em que possam procurar a ajuda de Deus através de uma simples bênção”.

Vale ressaltar que a bênção não se refere ao matrimônio, mas sim o ato de invocar, a partir de orações, a proteção de Deus sobre uma ou mais pessoas.

Antes mesmo disso o papa já havia se manifestado sobre o assunto e indicado que a igreja poderia passar a permitir a bênção a casais homossexuais. Ele também disse que mulheres trans são “filhas de Deus” e que a “homossexualidade não é um crime”. 

O Vaticano comunicou a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21). Nos primeiros meses deste ano, ele estava internado no hospital Gemelli, em Roma, em decorrência de uma infecção polimicrobiana. O Papa Francisco teve uma crise respiratória asmática prolongada, precisou fazer transfusão de sangue e receber oxigênio em altas taxas.

Gravemente enfermo, o Papa Francisco chegou a perder as esperanças de sobreviver a doença. Segundo informações obtidas pelo site americano Politico, duas pessoas próximas ao pontífice disseram que ele havia confidenciado que “talvez não conseguisse sobreviver desta vez”. Mas ele recebeu alta e a sua última aparição foi nesse domingo (20), no Domingo de Páscoa.

A notícia foi divulgada pelo Vaticano. "Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o bispo de Roma, Francisco, voltou para a casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo de verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, encomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino", diz a mensagem divulgada pelo cardeal Farrell.

Até a publicação desta reportagem, o Vaticano não havia dado detalhes sobre o funeral. A Igreja Católica deve se reunir nas próximas semanas para decidir quem será o novo papa.