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Trump associa uso de paracetamol na gravidez a autismo

Presidente dos Estados Unidos fez anúncio na noite desta segunda-feira (22) e disse que medicamento "não é bom"

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 22 de setembro de 2025 às 18:57

Donald Trump
Donald Trump Crédito: Shutterstock

O presidente Donald Trump disse que a FDA (Sigla em inglês para a Administração de Alimentos e Medicamentos) vai orientar os médicos a aconselhar as grávidas a não usarem o Tylenol, conhecido também como paracetamol, por relacionar o princípio ativo com casos de autismo. O anúncio foi feito no início da noite desta segunda-feira (22), na Casa Branca.

"Tomar Tylenol não é bom. Vou dizer: não é bom. Por esse motivo, eles recomendam fortemente que as mulheres limitem o uso de Tylenol durante a gravidez, a menos que seja clinicamente necessário", afirmou o presidente ao lado de secretário do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr. O secretário também informou que a FDS vai iniciar o processo de alteração do rótulo de segurança do medicamento.

Apesar de estudos investigarem a relação da substância com o autismo, não há resultados conclusivos que apontem isso. A decisão do governo Trump se apoia em um levantamento federal conduzido pelo próprio Robert F. Kennedy Jr.

O jornal inglês Daily Mail noticiou que uma revisão de 46 estudos, envolvendo mais de 100 mil participantes, realizada por equipes de Harvard e do Hospital Mount Sinai, em Nova York, encontrou “fortes evidências” de associação entre o consumo pré-natal de paracetamol e maior ocorrência de autismo e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Para Didier Prada, um dos autores da pesquisa, mesmo variações pequenas no risco podem gerar grande impacto em saúde pública, dada a utilização generalizada do medicamento. Ele e outros cientistas, no entanto, ressaltam que os dados apontam associação, mas não estabelecem uma relação direta de causa e efeito.

Especialistas também pedem moderação nas conclusões. Andrew Whitehouse, professor do Kids Research Institute, na Austrália, afirmou que “autismo é uma condição complexa, influenciada por múltiplos fatores genéticos e ambientais. As pequenas associações encontradas até hoje não provam que o paracetamol cause a condição”. Ele lembra ainda que a febre não tratada durante a gravidez também pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

Trump já tinha antecipado que iria fazer um anúncio sobre o autismo que descreveu como "incrível", última sexta-feira (19). No domingo (21), ele falou que o Tylenol é "um fator muito importante" para o autismo.