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Trump foi avisado que seu nome aparecia em arquivos de Epstein, diz jornal

A não divulgação da "lista de Epstein" tem causado uma crise envolvendo presidente

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 24 de julho de 2025 às 08:02

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Donald Trump  Crédito: Divulgação Fotos Públicas

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos teria comunicado ao ex-presidente Donald Trump, em maio, que seu nome constava em arquivos relacionados ao milionário Jeffrey Epstein, acusado de operar um esquema de abuso sexual contra menores. A informação foi publicada nesta quarta-feira (23) pelo jornal Wall Street Journal.

Segundo a reportagem, a então procuradora-geral Pam Bondi e seu vice informaram a Trump, durante uma reunião na Casa Branca, sobre a presença de seu nome nos registros. “Eles disseram ao presidente na reunião que os arquivos continham o que as autoridades consideraram ser boatos não verificados sobre muitas pessoas, incluindo Trump, que haviam socializado com Epstein no passado”, diz o texto.

Os documentos mencionariam centenas de outras pessoas. O jornal destaca que “ser mencionado nos registros (de Epstein) não é sinal de irregularidade” necessariamente.

Em resposta, a Casa Branca classificou a reportagem como “fake news”.

Investigação finalizada

No dia 7 de julho, o Departamento de Justiça divulgou uma nota oficial afirmando que, após uma revisão feita pelo FBI, foi concluído que Epstein cometeu suicídio em 2019, enquanto aguardava julgamento em Nova York. Ainda segundo o comunicado, não foram encontradas provas de que o empresário mantinha uma suposta "lista de clientes", teoria amplamente divulgada nas redes sociais.

“A revisão sistemática não revelou nenhuma ‘lista de clientes’ incriminadora. Também não foram encontradas evidências credíveis de que Epstein tenha chantageado indivíduos influentes como parte de suas ações. Não descobrimos evidências que justificassem a abertura de investigação contra terceiros que não foram acusados”, declarou o departamento.

Teorias

Teorias da conspiração sobre o caso Epstein continuam alimentando suspeitas tanto entre apoiadores democratas quanto republicanos. Em junho, Elon Musk voltou a levantar a polêmica ao afirmar que Trump estaria ligado ao escândalo.

Trump e Epstein mantiveram uma relação de amizade nas décadas de 1990 e 2000. Há registros de voos nos quais ambos aparecem juntos, datados de 1994.

Donald Trump por Shutterstock

Epstein foi preso em julho de 2019, acusado de liderar um esquema de exploração sexual de meninas menores de idade. Um mês depois, foi encontrado morto em sua cela. Ghislaine Maxwell, sua associada mais próxima, foi condenada em 2022 a 20 anos de prisão por envolvimento no esquema.

O milionário já havia sido investigado em 2005 e, em 2008, se declarou culpado em um acordo que permitiu que cumprisse 13 meses de prisão. Em fevereiro de 2019, o acordo foi considerado ilegal por um juiz, e em julho daquele ano ele voltou a ser preso, acusado por promotores federais de comandar uma rede de tráfico sexual. Dois dias antes de sua morte, Epstein assinou um testamento em que declarava bens superiores a 577 milhões de dólares. Após sua morte, as acusações contra ele foram encerradas, mas promotores indicaram que outras pessoas ainda poderiam ser responsabilizadas judicialmente.