100 mil pessoas deixaram casas devido à guerra na Ucrânia, estima ONU

Milhares de ucranianos têm buscado sair do país em direção a países fronteiriços

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  • Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 15:14

- Atualizado há um ano

. Crédito: AFP

Cem mil pessoas já devem ter abandonado suas casas na Ucrânia, incluindo em províncias controladas por rebeldes, devido à invasão da Rússia. A estimativa é do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que também alertou que, caso a guerra continue, um total de 4 milhões de pessoas podem fugir para buscar refúgio em países próximos.

De acordo com a agência da ONU para refugiados, não é possível falar em um número exato, já que os movimentos populacionais são "irregulares e imprevisíveis neste momento".

Milhares de ucranianos têm buscado sair do país em direção a países fronteiriços, como Moldávia, Romênia, Polônia, Eslováquia e Hungria.

"Ouvimos relatos de que as pessoas estão fugindo por rotas mais acessíveis disponíveis rumo a locais seguros", afirmou o Acnur à reportagem ao UOL.O Acnur ainda disse estar pronto para responder às necessidades humanitárias das pessoas deslocadas pela ação militar na Ucrânia e que o grande desafio agora é "assegurar a segurança das equipes humanitárias e estabelecer a coordenação com as autoridades que controlam o território".

Dentro da Ucrânia, o Acnur conta com seis escritórios. Antes da invasão, era contabilizado o atendimento a 5 mil refugiados, 36 mil apátridas e 854 mil deslocados internos.

O que são refugiados?

A situação de um refugiado e o reconhecimento da pessoa como um depende da legislação de cada país, mas de acordo com a Convenção da ONU de 1951 sobre Refugiados, deve ser solicitado o reconhecimento desta condição, através de um acesso ao devido processo legal para que sua solicitação seja processada e decidida.

Além disso, a pessoa deve ter os meios para a "integração local, começando pela documentação, acesso ao mercado de trabalho, às políticas públicas nacionais e aos programas sociais".