Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2019 às 04:00
- Atualizado há um ano
No aniversário do zootecnista, acredito ser uma oportunidade ímpar não apenas comemorarmos, mas também divulgarmos à população a importância dessa bela profissão, esclarecendo sua definição, suas atribuições e importância, como a mais jovem profissão das ciências agrárias.
No Brasil, onde o agronegócio desponta como a atividade de maior relevância econômica, na geração de emprego, renda e acumulação de riqueza, a Zootecnia participa do aperfeiçoamento técnico das cadeias produtivas animais, visando ampliar a produção e a produtividade, buscando o melhoramento genético e a alimentação mais adequada ao alcance da melhor conversão alimentar possível.
Etimologicamente, zoo = animal, tecnia = a prática, conhecimento e arte, logo, Zootecnia é a arte e a técnica, o conjunto de conhecimentos relativos à criação de animais domésticos. Esta definição data dos anos 1843, onde o conde Gasparin, na França, criou a palavra “zootechnie”.
Zootecnia era, então, uma disciplina dentro do curso de agronomia, mas, com o passar dos anos, a disciplina se transformou em profissão e passou a buscar uma evolução que objetiva ampliar a área de atuação de seus profissionais. Dessa forma, passou a atuar com animais selvagens e até na aquicultura.
Como ciência, a Zootecnia nasceu em 1848, na França, no Instituto Agronômico de Versailles, com a criação de uma disciplina destinada ao estudo da criação de animais domésticos. O primeiro professor foi Emile Vandement, que é considerado o pai da profissão. A disciplina evoluiu como ciência e, no Brasil, a vinda de alguns professores europeus para ministrar aulas impactou a profissão com vasto embasamento teórico. O professor Octávio Domingues, em 1929, definiu a Zootecnia como sendo a ciência aplicada que estuda e aperfeiçoa os meios de promover a adaptação econômica do animal ao ambiente criatório, e deste ao animal. E foi com a sua ideia e o seu esforço pessoal que a materialização da profissão foi concebida, instalando-se a primeira Faculdade de Zootecnia do Brasil, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Uruguaiana, no ano de 1966, contando com grande ajuda dos professores Mário Vilella e José Francisco Sanchotene Felice. Estava criada a Zootecnia como um curso da área de Ciências Agrárias no Brasil.
A primeira aula do curso de Zootecnia ministrada no Brasil ocorreu no dia 13 de maio de 1966. Por esse motivo se comemora nessa data o dia do Zootecnista. Há 50 anos, em 4/12/1968, a profissão foi regulamentada, pela lei federal 5.550.
Na Bahia, em 1982, a primeira Faculdade de Zootecnia foi instalada em Itapetinga, pelo Governo do Estado da Bahia, na Universidade Estadual do Sudoeste Baiano - Uesb, tendo como primeiro diretor fundador o médico veterinário Ivan Costa Quaresma.
A profissão só cresceu desde então, gerando uma profusão de trabalhos científicos, de repercussão nacional e internacional, e resultados inquestionáveis ao desenvolvimento do agronegócio e da agricultura familiar e nas agroindústrias, a destacar as de alimentação animal.
Portanto, no dia 13 de maio de 2019, essa importante e jovem profissão, nos seus 53 anos de criação, merece ser festejada e comemorar será uma prazerosa obrigação.
Feliz dia do zootecnista!
* Altair Santana de Oliveira é presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA)