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Paula Theotonio
Publicado em 24 de março de 2022 às 05:03
- Atualizado há um ano
Com seus 2.530 habitantes (IBGE 2020) e ritmo de vida bem mais calmo, o municípioconsiderada a maior produtora de uvas finas per capita da América Latina, com 2.270 hectares de parreirais; e a maior produtora de uvas brancas do Rio Grande do Sul. de Monte Belo do Sul (RS) pode passar despercebido por muitos que visitam o Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha. Mas não deveria, principalmente se você é um enoturista. A cidade é Em 2013 essa vocação vitivinícola foi reconhecida com uma Indicação Geográfica de Procedência (IP), que abarca ainda territórios nas cidades de Santa Tereza e Bento Gonçalves. Além disso, seus mais de 40 atrativos turísticos, belezas naturais e o contato próximo com costumes dos imigrantes italianos tornam a visita ainda mais especial. Confira algumas dicas do que fazer em 24h na cidade!
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Prove os vinhos naturais da Faccin (Linha Armênio, s/n, Baixa Interior) Fundada por pai e filho, Antônio e Bruno Faccin, a pequena vinícola faz vinhos de trato orgânico, que fermentam naturalmente com leveduras da própria casca da uva, sem aditivos químicos e baixa intervenção. Uma maneira de produzir vinhos que vem ganhando muitos adeptos no Brasil e em todo o mundo. As visitas com degustação giram entre R$ 60 e R$ 130; sendo mandatório provar os laranjas, das uvas Malvasia Bianca e de Chardonnay; além do Patinete, um espumante elaborado pelo método ancestral. Para mais detalhes, acesse www.faccinvinhos.com.br/enoturismo.
Almoce na Francesco Trattoria (Rua Antônio Manzoni, 478) Localizada em um casarão construído em 1938, a Francesco Trattoria traz uma leitura mais moderna da clássica comida italiana. O espaço abre em horários específicos, de terça a domingo; e vale muito a pena ir aos finais de semana, quando os chefs Diego Piccinini Gerhardt e Kiko Ferri servem o Bello Festival. Trata-se de uma sequência de pratos, da entrada à sobremesa, por cerca de R$ 105. Fiquei apaixonada pelo Tortino di Polenta, com carne de panela e fonduta de queijo.
Com exceção de alguns rótulos italianos, a carta de vinhos prestigia exclusivamente as vinícolas da cidade. Uma delas é Arte Viva, que impressiona pela ousadia e qualidade de seus produtos. Fundada em 2019 pelo enólogo Giovanni Ferrari, de origem italiana e com longa história familiar na viticultura, a empresa aposta em sustentabilidade, técnicas ancestrais, uso de madeiras alternativas e muito respeito aos terroirs do Rio Grande do Sul.
Vale a pena provar tudo, mas especialmente o saboroso Espumante Elementar Rosé Nature, feito pelo método ancestral; e o Arte Viva Juju Rosé, um rosado intenso, marcante, com aromas de frutas vermelhas em compota e especiarias. Ele é elaborado a partir de um corte de Marselan, com estágio parcial em barricas de Jequitibá rosa; e Chardonnay e riesling que fermentaram e maturaram em carvalho francês.
É recomendável fazer reservas no Francesco Trattoria pelo WhatsApp (54) 99114-8778. Além de tudo, é impossível não indicar um restaurante tão bem localizado: ele fica na Praça Padre José Ferlin e em frente à Igreja Matriz São Francisco de Assis, pontos turísticos imperdíveis em visita à cidade.
Veja a produção de barricas de vinho na Tanoaria Mesacaza É uma experiência e tanto entrar em uma tanoaria. Na Mesacaza, empresa familiar que teve início na década de 60, você é impactado pelos aromas das madeiras brasileiras e dos carvalhos de diferentes países; pelo vigor do trabalho manual e pela imponência das máquinas. Sem falar na aula sobre tipos de madeira, tostas, utilizações diversas e até mesmo a montagem de uma barrica, da qual o turista pode participar ativamente. O atencioso Mauro Mezacasa, terceira geração de tanoeiros da empresa, não economiza na atenção e nas informações.
Hoje a empresa é uma das principais fornecedoras das vinícolas da região, como a Miolo; além de produzir e recondicionar barris para destilarias de todo o mundo. Cerca de 80% da produção atual é de barris para cachaça. A visita custa R$ 40/pessoa com grupos de até 6 pessoas. O agendamento pode ser feito pelo site www.tanoariamesacaza.com.br.
O que mais visitar em Monte Belo? Os mirantes da cidade; as vinícolas De Mari, Capoani, Casa Marques Pereira e Famiglia Tasca. Para montar seu roteiro completo, acesse www.visitemontebelo.com.br.
Quando ir? Aproveite os eventos. De janeiro até março, é tempo de vindima. Em maio acontece o Polentaço, a única exposição de esculturas de polenta do mundo, com tombo de polentas gigantes de 800 kg. Outra opção é ir em novembro, quando acontece o Vieni Vivere La Vita Festival, com eventos em praça pública.
Onde se hospedar: Monte Belo do Sul fica a cerca de 20 km de Bento Gonçalves (RS) e a 144 km de Porto Alegre (RS). Para aproveitar em um bate-volta, a dica é se hospedar no Hotel Dall’Onder, em Bento; que tem diárias a partir de R$ 200 e agência de turismo. Para outras sugestões de onde se hospedar em Monte Belo do Sul, acesse www.visitemontebelo.com.br.
A jornalista Paula Theotonio participou da Press Vindima 2022 a convite da Agência ConceitoCom Brasil.