58% das pessoas de periferia não se sentem representadas por marcas, diz pesquisa

Levantamento da Youpper Insights teve participação de 1200 pessoas de classes C, D e E em todo o Brasil

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  • Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 18:04

- Atualizado há um ano

. Crédito: Getty Images

Quase 6 de cada 10 pessoas da periferia não se sentem representadas por marcas e produtos no Brasil. Esse dado é fruto de um estudo realizado com o objetivo de entender como as classes C, D e E se identificam com as marcas brasileiras. A pesquisa batizada como “Me Respeite, Eu sou Favela” foi realizada pela Youpper Insights - Consultoria especializada em Consumer & Media Insights; Pesquisa/Pessoas Planejamento/Marketing.

A ideia do levantamento é levantar dados sobre esse público no país, entender o que é consumido e o porquê. Para o processo de entendimento, a pesquisa realizou entrevistas com 1200 pessoas de comunidades e periferias de cidades do Brasil, e identificou que 42% dos entrevistados se sentem representados pelas marcas e 68% acreditam que as marcas pensam neles ao produzirem seus produtos.

A pesquisa ‘Me Respeite, Eu sou Favela’, aponta ainda que de todo o número de entrevistados, 90% concordam que querem pessoas reais nas propagandas das marcas, sejam elas nas mídias tradicionais ou nas plataformas digitais. 

Neste processo, as marcas mais citadas na pesquisa foram Salon Line (10º), Renner (9º), Coca Cola (8º), Avon (7º), Bradesco (6º), Nike (5º), Adidas (4º), Samsung (3º), Boticário (2º) e Natura (1º).

Diego Oliveira, CEO e Fundador da Youpper Insights, destaca que os dados coletados nesta pesquisa se tornam importantes, pois mesmo que essas marcas apareçam, muitas vezes com imagens de pessoas negras e de pessoas das comunidades, é preciso saber se elas entendem a importância e realmente estão próximas desse público.

Samille Costa, sócia e assessora de marketing, acrescenta que o objetivo final da pesquisa é encontrar caminhos para que marcas que atendem esse público percebam quais são os pontos que precisam ser equilibrados e melhorados nesse momento. “Para que a conexão entre público e marca aconteça e para que esse relacionamento seja eficaz”, complementa.

A pesquisa foi realizada no final de 2021.