5G Tecnologia traz avanços da realidade aumentada e imersão com uso de óculos

Capitais brasileiras entraram na corrida para implantar tecnologia que vai coroar a instalação da nova era digital

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  • Do Estúdio

Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 06:00

- Atualizado há 10 meses

O hibridismo entre os mundos físico e virtual ganhou vida literalmente com a existência da pandemia. Dados do Catho de fevereiro de 2020 mostram que até ali somente 25% das empresas faziam home office uma vez por semana. De repente, o mundo mudou e muitas coisas pularam para o mundo digital.

“Vimos call center com 15 mil funcionários migrando para o ambiente digital. Agora as empresas precisam entender que hibrido não é trabalhar um pouquinho no escritorio e um pouquinho em casa, mas trabalhar de qualquer lugar sem perdas”,  Ligia Zotini, fundadora da Voicers, empresa focada em Educaçao de Futuros.

Embora o digital chegue mais longe e mais rápido, uma coisa não vai mudar tão cedo: toda experiência no mundo físico será sempre mais profunda e  completa.. Portanto, o desafio da vida moderna é equalizar a acelerada transformação em beneficio das pessoas. Segundo Ligia, um mapeamento mostrava que todos os avanços anunciados neste periodo estavam previstos a partir de  2025, mas a pandemia agilizou o processo, com mudanças planetárias percebidas não  apenas em lançamentos de foguetes, surgimento de novas tecnologias e avanços distantes. Elas já estão no dia a dia, na maneira de produzir, consumir produtos, serviços e informações, trabalhar, morar e até de vestir. 

A designer thinker e consultora de moda, Phaedra Brasil, afirma que como as pessoas estão mais em casa, isso modificou o consumo diretamente. “Paira uma nova mentalidade diante de um cenário instável e uma geração focada em ideais concretos, mais centrados no indivíduo, na sustentabilidade e empatia. O localismo é uma outra realidade cada vez mais forte; as pessoas estão se voltando para o comércio local, investindo, valorizando e prestigiando os pequenos produtores. Transparência quanto às condições que envolvem toda a cadeia de produçao ganhou mais importância, também”, pontua.

Adaptação

O distanciamento social colocou o homem diante das telas para reuniões, aulas, trabalhos, compras, eventos, encontros e até teleconsultas médicas. Os diversos setores da sociedade se apressam para fazer suas adaptações e atender às demandas do novo humano, com seus produtos e serviços.

Capitais brasileiras entraram na corrida para implantar a internet 5G, tecnologia que será 20 vezes mais potente do que qualquer fibra, cabo ou wi-fi e vai coroar definitivamente a instalação desta nova era digital. A inteligência artificial promete dar um salto imenso e isso vai trazer ainda mais novidades, como por exemplo  a captura de fala na internet. Não haverá mais necessidade de digitação!

“Com a maturidade do 5G, vamos começar a ter os primeiros movimentos de óculos de realidade imersiva e isso muda totalmente nossos paradigmas. Para a grande massa isso vai chegar depois que tivermos uma boa quantidade de antenas 5G. Isso destrava os protocolos  e entramos na realidade aumentada, o famoso metaverso, que já experenciamos através das janelinhas da tela do celular. Com o 5G o sistema passará de Windows para Doors (portas), ou seja, as vivências virtuais serão de corpo inteiro e avatares representarão pessoas em diversas atividades.

Para atender a esta realidade  surgem  novos sistemas de organizações, empregos, serviços e economias. Basta lembrar que no meio da pandemia, o Brasil ganhou o Pix, um modelo que rapidamente cresceu, modificou as transações financeiras e os negócios, tornando o dinheiro do brasileiro totalmente virtual. “Eu acho que o cuidado que a gente precisa ter é que as máquinas não vão parar de se desenvolver e a tecnologia sintética vai se tornar cada vez mais madura. A consciência nos difere dos animais e vai nos diferir das máquinas, por isso é muito importante  fazer exercício de autoconhecimento e expansão da consciência”, Ligia Zotini, fundadora da Voicers, empresa focada em Educaçao de Futuros. Em paralelo ao desenvolvimento digital, já se percebe as pessoas buscando esse lugar mais humano. Nunca se falou tanto em terapias e processos de autoconhecimento, alimentação saudável, vida orgânica, meditação e espiritualidade. O movimento faz acreditar que é possível ter a integração do melhor da tecnologia com o melhor do humano e o conceito do metaverso vai ajudar a humanidade a chegar mais longe. Até mesmo pessoas que hoje sentem dificuldade  em lidar com as telas espelhadas vão se beneficiar com as novas tecnologias, porque  todo mundo vai conseguir usar um óculos e interagir.

Cor do Ano

Pautado pelas mudanças de comportamento, cultura do momento e tendências mundiais, todos os os anos, o Instituto de Cores Pantone define a cor do ano. Para 2022  o tom escolhido é o Very Peri, uma mistura do violeta avermelhado e um azul vivo que juntos transmitem paz, espiritualidade e calma. A Pantone explicou que, depois de um longo isolamento e a experiência de caos, a cor representa abertura para as novas possibilidades, alegria, coragem e criatividade. A aposta indica uma tendência que os especialistas em comportamento e desenvolvimento humano sinalizam: diante do avanço tecnológico, o homem vai precisar ser cada vez mais humano e desenvolver as soft skills (habilidades comportamentais).

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