90% do público-alvo é vacinado contra H1N1 em Salvador

Campanha acaba nesta sexta (22); vacina continuará disponível nos postos de saúde

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  • Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2018 às 17:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Salvador atingiu a meta de imunização contra o vírus H1N1. Mais de 541 mil pessoas do público alvo foram vacinadas durante a campanha nacional de vacinação contra gripe iniciada em 23 de abril. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o município atingiu a meta de imunizar pelo menos 90% do público alvo.

Esses grupos são formados por indivíduos com 60 anos ou mais; crianças com idade entre seis meses e cinco anos; gestantes e puérperas (até 45 anos dias após o parto); trabalhadores da saúde; professores; povos indígenas; portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Clique na imagem e confira a lista de postos de saúde onde a vacina estára disponível: "O resultado é satisfatório, pois dessa forma inibimos consideravelmente a circulação do vírus na cidade, fazendo com que a doença não se propague com intensidade. Já estamos na estação mais fria do ano e às vésperas dos tradicionais festejos juninos quando muitas pessoas irão participar de eventos com grandes aglomerações e é necessário que os indivíduos com maior vulnerabilidade à patologia estejam devidamente protegidos para evitar complicações mais graves da influenza", explica Doiane Lemos, subcoordenadora de Doenças Imunopreveníveis.

Doses excedentes A partir da próxima segunda-feira (25), além dos grupos prioritários, poderão tomar a vacina adultos entre 50 e 59 anos e crianças com idade entre 5 e 9 anos.

A decisão pioneira de incluir crianças com mais de cinco anos e adultos com mais de 50 anos foi tomada pelo Ministério da Saúde para aproveitar as doses que sobraram da estratégia. Salvado possui mais de 130 mil ampolas do imunobiológico. 

“As doses que sobraram serão destinadas a esses dois grupos que a influenza pode evoluir para complicações, como pneumonia ou uma internação hospitalar. Essa acaba sendo mais uma oportunidade para se proteger já que neste ano de 2018, 88 casos de H1N1 já foram confirmados, com 12 óbitos, sendo o último de uma criança de apenas 2 anos”, diz Doiane.

As vacinas seguem disponíveis das 8h às 17h, nas 126 salas de vacina das unidades básicas de saúde da rede municipal. 

Para tomar a vacina é necessário levar um documento de identificação e, se possível, a carteira de vacinação e cartão SUS. Quem tem doenças crônicas deve levar a receita da medicação que usa com data dos últimos seis meses.

A partir de agora poderão ser imunizadas: crianças de 6 meses a nove anos; adultos a partir de 50; trabalhadores da saúde; gestantes; puérperas (mulheres que estão amamentando); professores das redes pública e privada; indígenas; pessoas privadas de liberdade (incluindo adolescentes cumprindo medidas socioeducativas); profissionais do sistema prisional. 

Filas A movimentação nos postos de vacinação foi tranquila na tarde desta quinta-feira (21). No 5º Centro de Saúde Clementino Fraga, no bairro do Garcia, o tempo de espera na fila era de 20 minutos. "Achei que ia ter muita gente, mas está tudo tranquilíssimo, a fila está pequena. Eu tava com problema de família, fui deixando pra amanhã, depois pro outro dia, quando vi já era o último", conta a professora Maria Célia de Oliveira, 66.

"Cheguei agora e já tô saindo agora", brincou o aposentado Dilson dos Santos, 71, que ficou "só cinco minutos" na fila para a imunização. O publicitário Maurício Callala, 44, estava viajando e só retornou a Salvador na última quarta. "Náo tive como vir antes, mas hoje foi tranquilo", afirma ele, que é portador de diabetes.

 No Centro de Saúde Ramiro de Azevedo a espera era de cerca de 15 minutos. "Não demorou mas acho que as crianças deviam ter prioridade", disse Taine Alcântara, 18 anos, que levou a filha Maria Vitória, de 1 ano e 2 meses, para ser vacinada. "Não trouxe antes por falta de tempo", explica.

* sob orientação da subeditora Carol Neves